Niterói

O Projeto de Restauração Ecológica e Inclusão Social, maior iniciativa no gênero promovido no município fluminense, foi lançado em abril de 2021 pela Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade do município. Ele visa a restauração de 203,1 hectares de restinga, manguezais, ilhas e matas via plantio de mudas e sementes de espécies nativas, com apoio de voluntários. Ele prevê investimento de R$ 2,9 milhões, financiados a fundo perdido pelo BNDES ao longo de quatro anos.

A iniciativa contempla a recuperação de 30,37 hectares de vegetação nas ilhas Pai, Mãe, Menina e do Veado, inseridas no Parque Natural Municipal de Niterói (Parnit) e no Parque Estadual da Serra da Tiririca (Peset); 65,30 hectares de manguezal no entorno da Laguna de Itaipu e Piratininga, inseridos parcialmente no Peset e no setor lagunar do Parnit; 21,16 hectares de vegetação de restinga em cinco praias do município (Itacoatiara, Camboinhas, Piratininga, Itaipu e Charitas); e 86,28 hectares de vegetação o Morro da Viração, em área inserida no Parnit.

Um dos desafios da Prefeitura é a remoção da leucena, espécie invasora. Cerca de 20 toneladas foram retiradas da Praia de Camboinhas, num trabalho de limpeza que demorou semanas.

No Parque Orla de Piratininga, às margens da principal lagoa da cidade, está sendo promovido o reflorestamento das bordas para reter sedimentos e revitalizar os riachos que alimentam o corpo d’água. Também estão sendo criados jardins de chuva para infiltração de água no solo.

Em abril de 2022 o projeto começou a restaurar a Ilha da Menina, a menor da enseada de Itaipu.

“A ideia é associar a identidade de Niterói às soluções da natureza, o que não é um luxo ou um arroubo acadêmico, mas questão de qualidade de vida”, afirma o engenheiro florestal e prefeito da cidade, Axel Grael, em recente seminário sobre o tema.

Página 22, setembro de 2021

No início de 2023 foi aprovado o início de obras de renaturalização na bacia do rio Jacaré. O foco central deste projeto é a recuperação dos indicadores ecológicos da bacia hidrográfica, com a recuperação de nascentes e olhos d’água, revegetação com espécies nativas, recuperação do leito do rio e implantação de bacias de detenção e biorretenção, além da implantação de áreas de lazer com paisagismo para aproximação da população ao rio.

Ainda em 2023, foram plantadas mais de 3 mil mudas nativas de 26 espécies no Horto do Fonseca.

“Este é um projeto pioneiro no Brasil. Sua concepção foi acompanhada por um grupo de pesquisadores da UFF, que elaborou o diagnóstico da bacia, indicando os principais desafios a serem superados para a renaturalização do rio. Também foi realizado um workshop internacional, com a participação de especialistas dos Estados Unidos, Portugal e Espanha”, detalhou a coordenadora do programa PRO Sustentável, Dionê Castro.

Prefeitura de Niterói, janeiro de 2023

Companhia Municipal de Limpeza Urbana de Niterói

A CLIN mantém um viveiro com um estoque de mais de 140 mil mudas de cerca de 90 espécies da Mata Atlântica, inclusive frutíferas. Ele também tem um projeto-piloto de produção de plantas medicinais.

As mudas produzidas pela unidade são usadas no reflorestamento, recuperação de encostas e áreas degradadas e arborização de regiões da cidade.

Saiba mais

Localização:

Rua Indígena, 72, São Lourenço - Niterói/RJ (viveiro)

Telefone:

(21) 2620-2175 (viveiro)

Espécies com que trabalha:

ipê-amarelo, ipê-branco, ipê-roxo, araçá, aroeira, aroeira-pimenta, figueira-da-pedra, jacarandá, jabuticaba, paineira, jatobá, angico-vermelho, pau-brasil, babosa-branca