Akarui

A Associação para a Cultura, Meio Ambiente e Cidadania, fundada em 2003, desenvolve iniciativas de capacitação, plantio e troca de sementes com foco em agroecologia e restauração ecológica. Dentre elas:

  • Em parceria com o WWF-Brasil e o Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro), a entidade restaurou 58,5 hectares em São Luiz do Paraitinga e Natividade da Serra/SP;
  • Ela também participa do programa Conexão Mata Atlântica;
  • Projeto Juçara – parceria com o Instituto de Permacultura e Ecovilas da Mata Atlântica (IPEMA) que promove o plantio da palmeira juçara em territórios quilombolas;
  • Semeando Sustentabilidade – projeto já encerrado, que teve contrato fechado com o BNDES em 2012. Ele promoveu a restauração de 160 hectares, sendo 120 ha no Parque Estadual da Serra do Mar e 40 ha em áreas de preservação permanente (APPs) ciliares no entorno da unidade de conservação.

Destaques do projeto, segundo o BNDES:

  • Enriquecimento do bioma com a palmeira-juçara e envolvimento de agricultores do entorno no manejo sustentável do fruto e não do palmito.
  • Fomento à produção de sementes e mudas florestais com insumos naturais por meio de viveiros locais.
  • Formação e capacitação de produtores e técnicos em práticas agroecológicas, contribuindo para a recuperação de áreas e melhoria das áreas de produção: pomares, hortas, viveiros, pastagens.
  • Envolvimento dos proprietários rurais por meio de reuniões e oficinas nas quais se promove a visão integrada da propriedade.
  • Capacitação e geração de empregos no entorno do projeto: 48 diretos e 24 indiretos.

No Parque, foram escolhidas duas áreas de domínio público no Núcleo Santa Virgínia para implantação de ações de enriquecimento florestal com duas técnicas principais. Em uma área de 75 hectares foi feito o plantio de mudas de espécies nativas, com ênfase em espécies ameaçadas, como a palmeira-juçara; e, numa segunda área, de 45 ha, foi feito enriquecimento por lanço de sementes da palmeira-juçara.

As propriedades rurais situam-se em região de cabeceiras,
formadora de águas, que apresenta grande fragmentação
florestal e 70% de seu território com uma paisagem de pastagem degradada. As técnicas adotadas foram plantio total e enriquecimento em 20 hectares, com aproximadamente 30 mil mudas nativas;
e isolamento da vegetação natural em mais 20 hectares, com
cercamento das áreas e retirada do gado, que é o principal fator de degradação das áreas.

Ao longo do tempo nós fomos tentando entender o que é mais atrativo para elas [os proprietários rurais], o que as motiva etc. E, a partir do que motiva – água, frutas nativas, criação de abelhas, sementes para a produção de mudas, manejo da juçara, produção de leite etc. –, vamos construindo essa forma de trabalhar em conjunto com os agricultores e proprietários, quebrando paradigmas. Não é um trabalho fácil, mas, aos poucos, as pessoas passam a olhar para suas terras, para suas nascentes,
para suas áreas produtivas, de um jeito diferente.

Daniela Coura, coordenadora de Projetos (documento Iniciativa BNDES Mata Atlântica)

Estimava-se que, no total, o projeto plantaria 74 mil mudas e geraria 48 empregos diretos e 24 indiretos e capacitará a população do pessoal do entorno que participará do projeto. Pretende-se a geração de alternativas de trabalho e renda para a comunidade local.

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Localização:

Rua Cabo José Benedito Salinas, 78 - Bairro São Benedito - São Luiz do Paraitinga/SP

Telefone:

(12) 99647-5096