A espécie, das poucas originalmente presentes em todos os biomas brasileiros, desapareceu de várias regiões do país. Ela está possivelmente extinta nos Pampas e quase extinta na Caatinga e na Mata Atlântica.
As ameaças ao tamanduá-bandeira são muitas: atropelamentos, caça, a redução de seu habitat por incêndios e desmatamento, a disseminação de doenças por cães.
Outros nomes populares:
bandurra, bandeira, jurumim, jurumi, iurumi, tamanduá-cavalo, tamanduá-açú, papa-formigasNome científico:
Myrmecophaga tridactyla
A espécie é objeto de alguns projetos de pesquisa e conservação:
Instituto Tamanduá
O Instituto de Pesquisa e Conservação de Tamanduás no Brasil (IPCTB) trabalha com pesquisa, medicina da conservação, reabilitação e reintrodução de tamanduás, preguiças e outros animais.
Em 2023 ele desenvolve o projeto Órfãos do Fogo, desenvolvido a partir de 2021 em resposta aos incêndios no Pantanal. Tamanduás são bastante lentos e têm particular dificuldade em escapar do fogo. A iniciativa, que visa reabilitação e reintrodução, tem como base a Pousada Aguapé, em Aquidauana/MS.
O Instituto Tamanduá também está trabalhando em parceria com Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (CENAP/ICMBio) para mapeamento da fauna, inclusive diversas espécies de tamanduás, na Reserva Biológica do Gurupi, no Maranhão.
Instituto de Conservação de Animais Silvestres
O ICAS é uma organização dedicada à conservação do tamanduá-bandeira e do tatu-canastra. Seu projeto Bandeiras e Rodovias busca entender a alta taxa de mortalidade da espécie em rodovias, para tentar reduzir o número de colisões com veículos. Ele também trabalha com reabilitação e reintrodução da espécie.
Projeto TamanduASAS
Projeto que visa o resgate, reabilitação, reintrodução e monitoramento de tamanduás, geralmente filhotes de animais vítimas de atropelamento. Ele vem sendo desenvolvido, desde 2017, pelo desenvolvido pelo Instituto Estadual de Florestas, de Minas Gerais, a ONG Nobilis Fauna e o Projeto Bandeiras e Rodovias, do ICAS.
Instituto de Defesa da Fauna
O IDF desenvolve projetos de conservação de espécies da fauna ameaçada. O seu Projeto Tamanduá-Bandeira prevê a reintrodução na natureza de animais nascidos em cativeiro. Ele atua em remanescentes do Estado de São Paulo.
Instituto Pró-Carnívoros
A organização desenvolveu um estudo sobre a ecologia e a conservação da espécie no Parque Nacional das Emas entre 2000 e 2003.
Saiba mais
- Catálogo Taxonômico da Fauna do Brasil
- Tamanduá-bandeira – National Geographic
- Sobre a espécie – Instituto Tamanduá
- Instituto Tamanduá
- Instituto de Defesa da Fauna
- Projeto TamanduASAS
- “Conheça o projeto pioneiro em reabilitação e soltura monitorada de órfãos de tamanduá-bandeira” – ICAS, 2/6/2022
- “Governo repassa R$ 899 mil para proteção da arara-azul e do tamanduá-bandeira” – Diário Corumbaense, 27/10/2022
- “149 filhotes de espécies ameaçadas nascem em centro de proteção da fauna de SP” – Governo do Estado de São Paulo, 15/6/2023
Imagens:
- Allan Hopkins – Rupununi/ Guiana
- Fernando Flores – Venezuela