Governo do Rio Grande do Sul

O Estado precisa restaurar 1,6 milhão de hectares de vegetação nativa – ou 4% do seu território – para enfrentar as mudanças climáticas, segundo estudo do Instituto Escolhas, centro de estudos com foco em sustentabilidade.

Em 2024, os programas da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) promoveram o plantio de 26,5 mil mudas em um total de 150 hectares. Outros 1.528 ha foram aprovados para serem recuperados via Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas ou Alteradas (PRAD).

A maior parte desse trabalho é feita pelo Programa de Revegetação Nativa do Rio Grande do Sul (Proveg-RS), coordenado pela Divisão de Flora da Sema. O Proveg-RS ajuda a restaurar e conservar a vegetação nativa no estado, melhorando os ambientes naturais e recuperando áreas que foram danificadas.

Sema, janeiro de 2025

O governo estadual aprovou em 2022 o Programa Estadual de Recuperação da Vegetação Nativa do Estado do Rio Grande do Sul/ Proveg-RS para integrar e articular políticas e ações indutoras da restauração. Dentre elas:

  • Projeto de Recuperação de Biomas – fomento à restauração em propriedades familiares;
  • Projeto SemeAr – iniciativa desenvolvida com vários parceiros, inclusive o Ibama e a Prefeitura de Taquari, com o objetivo de revegetar áreas destruídas pelas enchentes de 2024. Ele participou do lançamento de sementes em encostas nos municípios de Marques de Souza, Santa Clara do Sul e Pouso Novo (Missão Sementes de Solidariedade), e promoveu plantios em mutirão em áreas de preservação permanente em Taquari;
  • apoio à implantação de sistemas agroflorestais em aldeias Guarani;
  • O estado mantém um Centro de Pesquisa em Florestas, que se destaca no desenvolvimento de tecnologias de produção de sementes e mudas florestais nativas;
  • A Emater/RS-Ascar, órgão estadual de capacitação agrícola, apoia com seu trabalho de extensão rural várias iniciativas de restauração;
  • RS Biodiversidade;
  • Apoio ao projeto Rota dos Butiazais, da Embrapa;
  • O estado também participa do projeto de implantação do Corredor Ecológico da Mata Atlântica.

Projeto Reflora

Iniciativa lançada em março de 2025 e com previsão de duração de três anos, para promover a recuperação de flora nativa do Pampa e da Mata Atlântica atingida pelas enchentes do ano anterior. A projeção é que ao longo do período sejam plantadas seis mil mudas de 30 espécies nativas. 

O processo que será aplicado no RS é exatamente o mesmo que foi desenvolvido para o reflorestamento de Brumadinho (MG) após o rompimento de uma barragem, ocorrido em 2019. A ação inicia com a identificação de árvores com danos na base do tronco e a coleta de DNA em campo com o resgate de propágulos, ou seja, partes de organismos que possam originar o processo de reflorestamento.

Correio do Povo, março de 2025

O projeto envolve as secretarias da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema); a Universidade Federal de Viçosa (UFV); a CMPC; a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii); e universidades do Rio Grande do Sul.

Governo do Rio Grande do Sul, março de 2025

Tratado da Mata Atlântica

Em outubro de 2023 governadores das regiões Sul e Sudeste, inclusive do Estado do Rio Grande do Sul, assinaram um acordo que prevê o plantio de 100 milhões de mudas florestais nativas num conjunto de 90 mil hectares.

Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa Florestal

A unidade, em Santa Maria, receberá, em 2024, um aporte de R$ 810 mil para pesquisa, coleta de sementes e produção de mudas nativas da Mata Atlântica.

Em abril de 2024 ele promoveu o seu primeiro curso de coleta de sementes.