Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra

Ao longo da última década, o MST vem promovendo sistemas agroflorestais, criação de uma centena de viveiros e mutirões de plantio em acampamentos e assentamentos de Reforma Agrária.

Em 2019, ele lançou o Plano Nacional Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis, com a meta de plantio de 100 milhões de árvores nativas e frutíferas em dez anos em todos os estados do país. A iniciativa é uma colaboração do MST com outras entidades, como o WRI-Brasil e o Cepan. Um dos seus desdobramentos foi o lançamento, em fevereiro de 2021, do aplicativo Arvoredo, que mapeia as ações de plantio realizadas pelo movimento. 

Até o início de 2024 havia sido contabilizado o plantio de 25 milhões de árvores e recuperação de 15 mil hectares.

Entre as diversas ações realizadas no ano, o MST destaca a semeadura de 4 toneladas de palmeira juçara no estado do Paraná; a recuperação de quase 1.000 hectares na Bacia do Vale do Rio Doce em Minas Gerais; a recuperação de áreas degradadas no Parque da Chapada dos Guimarães no Mato Grosso, mais 1.000 hectares de regeneração natural no Pará, nos viveiros e SAFs implementados nos assentamentos, escolas do campo e escolas de agroecologia.

Post no Instagram/ @xepaativismo, 21/1/2024

O Plano também levou à criação de viveiros com foco em espécies nativas em vários assentamentos. Dentre eles: Liberdade, Campo do Meio, Emiliano Zapata, Oziel Alves e Ho Chi Minh (MG), Santa Cruz do Riachão e Maria Bonita (AL),

Dentre as ações do MST de restauração ecológica merecem destaque algumas iniciativas em Minas Gerais e no Paraná.

Minas Gerais

  • o Projeto Radar de construção e manutenção de viveiros de mudas nativas;
  • a parceria com o Centro de Formação Francisca Veras, via Projeto Plantando Futuro, da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig);
  • o programa Semeando Agroflorestas, que promove a coleta de sementes, produção de mudas nativas, frutíferas e hortaliças e ações de restauração florestal via sistemas agroflorestais;
  • Em setembro de 2024 foi lançado um projeto de reflorestamento de 2 mil hectares de áreas de Reserva Legal e Preservação Permanente em assentamentos do Vale do Rio Doce.

Paraná

  • O Acampamento José Lutzenberger, em Antonina, é um case de bastante sucesso na implantação de um sistema agroflorestal produtivo por comunidades sem terra;
  • A Terra Indígena Rio das Cobras, em Nova Laranjeiras, recebeu em março de 2024 ação de semeadura visando criação de sistema agroflorestal comunitário numa área de 2 hectares. Também na ocasião, Plano Nacional Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis promoveu o lançamento de 7 toneladas de sementes de juçara e pinhão em vários assentamentos em Quedas do Iguaçu, Guarapuava, Pinhão e Antonina. A ação de semeadura aérea teve apoio da Polícia Rodoviária Federal.

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Espécies com que trabalha:

juçara, pinhão, erva-mate, mandioca