Floresta Viva

Campanha de financiamento coletivo para promover a restauração ecológica lançada pelo BNDES em novembro de 2021. Trata-se de um modelo de finanças híbridas para fomento da bioeconomia, onde cada real investido pelo setor privado, o banco investirá o mesmo tanto. Seu gestor, anunciado em abril de 2022, é o  Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio). Ao final de 2023 o BNDES já tinha firmado 19 protocolos de intenção com instituições apoiadoras.

Em sua primeira fase ele dispôs de pelo menos R$ 140 milhões (valor de novembro de 2021), sendo a metade do BNDES. Petrobras, Vale (Fundo Vale), Heineken, Itaipu Binacional, Coopercitrus, Philip Morris Brasil, Energisa MS e Estado do Mato Grosso do Sul também deverão participar nesta etapa.

“São recursos não reembolsáveis, mas o crédito de carbono gerado pode voltar para a empresa, para ser negociado e aposentado. As empresas podem ter até lucro.”

Gustavo Montezano, presidente do BNDES, na Agência Estado/Correio Braziliense, novembro de 2021

O programa almeja restaurar de 17 mil a 33 mil hectares, inclusive em terras indígenas, quilombolas ou comunidades tradicionais.

Dentre os seus desdobramentos, anunciados a partir de março de 2022:

  • o BNDES firmou um acordo com o governo fluminense para aporte de recursos ao Programa Florestas do Amanhã (março/ 2022);
  • Anúncio de um investimento de R$ 8,9 milhões da geradora Eneva e o BNDES para recuperar 400 hectares no interior e entorno de 10 unidades de conservação na Amazônia ao longo de 48 meses. Foi lançado edital para selecionar executores do projeto (julho/ 2023);
  • Anúncio de um edital de R$ 10 milhões, em parceria com o Banco do Nordeste, para a implementação de projetos de restauração ecológica da Caatinga (julho/ 2023);
  • Edital para apoiar restauração ecológica e fortalecimento de cadeias produtivas no Xingu. Nove projetos serão beneficiados nos estados do Pará e Mato Grosso (setembro/ 2023). Cerca de R$ 26,7 milhões serão investidos pela Energisa;
  • Parceria com a iNovaLand Investment Limited, gestora de fundos em projetos de reflorestamento, com o objetivo de investir até R$ 15 milhões em projetos de restauração florestal com espécies nativas na Mata Atlântica e de uso sustentável do solo no Corredor Central da Mata Atlântica;
  • O edital Manguezais do Brasil, com R$ 47,3 milhões para ações de recuperação de manguezais e restinga em toda a costa brasileira, selecionou oito projetos e prevê a recuperação de 1.757 hectares (dezembro/ 2023);
  • O governo pernambucano fechou acordo de investimento de R$ 30 milhões em projetos de restauração e ecológica e produtiva no estado, valor equivalente ao que deverá ser destinado pelo programa Floresta Viva. O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) entrará com outros R$ 5 milhões (dezembro/ 2023);
  • O quarto edital, Corredores de Biodiversidade, com aporte de R$ 42 milhões pelo BNDES e a Petrobras, visa fortalecer a restauração e as cadeias produtivas associadas em corredores de biodiversidade do Cerrado e do Pantanal, nos estados da Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais (janeiro/ 2024).

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