Onça-pintada

O maior felino das Américas está ameaçado pela caça e a perda ou fragmentação de seu habitat.

Atualmente, existem 90 áreas identificadas como importantes para a sobrevivência da onça-pintada em longo prazo, ou ACOs (áreas de conservação da onça-pintada) (Zeller 2007). A Mata Atlântica, um dos 5 hotspots mais ameaçados do mundo (Myers et al. 2000), é considerada uma ACO de altíssima prioridade para conservação da espécie (Zeller 2007), e que apresenta uma população com poucos indivíduos, mas com habitat adequado e base de presas suficiente para sustentar uma população, caso haja uma redução nas ameaças a que a mesma está sujeita (Sanderson et al. 2002).

Website do Instituto Pró-carnívoros, consulta em 11/29/2023

Outros nomes populares:

canguçu, jaguaretê, onça-verdadeira, onça-preta

Nome científico:

Panthera onca

A sua conservação é tema do diálogo de cooperação entre países amazônicos e foco de algumas organizações não governamentais. Dentre elas:

Associação Onçafari

Entidade dedicada ao ecoturismo e à conservação de onças-pintadas e lobos-guarás. Seu Projeto Onçafari pesquisa onças-pintadas desde 2011, com coleta de amostras biológicas e instalação de rádio-colares para monitoramento.

Em 2014 o projeto reintroduziu duas fêmeas no Pantanal. Agora ela está se preparando para reintroduzir um macho na Amazônia em 2024.

Na Amazônia, porém, os desafios são maiores, como a presença da floresta fechada, que torna mais difícil o monitoramento; a equipe espera fazer da região um laboratório para a reintrodução em biomas ainda mais complicados, como a Mata Atlântica.

Mongabay, maio de 2023

Instituto Homem Pantaneiro

A entidade atua no  Parque Estadual Encontro das Águas, no Mato Grosso do Sul, habitat de uma das maiores populações de onças-pintadas do país. Ela desenvolve o programa Felinos Pantaneiros, de monitoramento e conservação, com apoio da Rede Amolar e da Fundação Panthera, que também atua com conservação de felinos no Pantanal.

Instituto Pró-Carnívoros

A entidade, de viés científico, desenvolve projetos de mapeamento e conservação da espécie no Pantanal e na Mata Atlântica. Um deles, o Projeto Iniciativa Corredor da Onça-Pintada – Mata Atlântica, já realizado, mapeou a presença de onças-pintadas na faixa costeira entre Morretes/PR e São Vicente/SP. Outro projeto já concluído estudou a Ecologia populacional da onça-pintada no pantanal do Rio Negro. Em 2023 o Instituto Pró-carnívoros pesquisa a presença da espécie no extremo sul da Bahia.

Instituto Curicaca

A entidade desenvolve projetos de conservação e monitoramento da onça-pintada e outros mamíferos ameaçados, em parceria com o WWF-Brasil, ao longo do Corredor Verde, que interconecta áreas protegidas na Argentina, no Paraguai e no Brasil. no Rio Grande do Sul.

Centro Nacional de Pesquisas para Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap)

O órgão federal, integrante do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), realiza pesquisa e manejo para conservação de inúmeras espécies. Ele desenvolve projetos que envolvem a onça-pintada na Reserva Biológica do Gurupi/MA e outras unidades de conservação na Amazônia, no Parque Nacional do Iguaçu/PR (em parceria com o Instituto Pró-carnívoros) e, em São Paulo, no Vale do Ribeira e no Alto Paranapanema. No Pantanal, o Cenap atua em parceria com o Projeto Onçafari.

Instituto Manacá

A entidade desenvolve o projeto Grandes Mamíferos na Serra do Mar, que trabalha com antas e diversas outras espécies, inclusive a onça.

Reprodução em cativeiro

De acordo com a Associação dos Zoológicos e Aquários do Brasil, hoje há 158 onças em cativeiro no país. Nos últimos três anos, de 2016 a 2018, não houve nenhum nascimento. Mas, em 2019, está diferente: já são 4 filhotes – os mais novinhos são estes que nasceram no Espírito Santo.

Jornal Nacional/ Rede Globo, dezembro de 2019

O Parque Zoobotânico de Carajás/PA, o Parque Ecológico de São Carlos/SP e o Zoo Park da Montanha, em Marechal Floriano/ES estão entre os zoológicos que registraram nascimentos recentemente.