Iniciativa paranaense de recuperação de ambientes degradados, coordenada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMA) e executada pelo Instituto Ambiental do Paraná em parceria com os Municípios, Secretarias de Estado da Agricultura e do Planejamento e com forte inserção da iniciativa privada.
O trabalho no campo é desenvolvido principalmente com os agricultores, e é realizado por mais de 500 técnicos que atuam em mais de 200 entidades conveniadas, nos escritórios do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural – Emater e no Instituto Ambiental do Paraná – IAP. Os agricultores recebem orientação sobre as técnicas de plantio, mudas de espécies nativas indicadas para cada região e sem custo, formas de isolamento da área no entorno dos rios e construção de cercas para evitar a entrada de animais. O corpo técnico envolvido faz o esclarecimento dos pequenos produtores rurais sobre a necessidade de recuperar a mata ciliar para o aumento da sustentabilidade da produção. Para os técnicos do IAP cabe gerenciar regionalmente o cumprimento das ações e metas estabelecidas em convênio com os mais de 200 parceiros oficiais do Programa, estabelecer as áreas prioritárias para recomposição da mata ciliar, produzir e distribuir as mudas e monitorar a recuperação das áreas trabalhadas. O IAP também acompanha a produção das mudas nos viveiros municipais e nos viveiros próprios, num total anual de seis milhões de mudas. São duas as principais vertentes com as quais o Programa Mata Ciliar está trabalhando: a primeira é a recomposição da mata ciliar através do plantio de mudas de espécies nativas, e a segunda, é o abandono de áreas para que a vegetação se recomponha naturalmente. Isso só é possível através dos incentivos, da gestão compartilhada, da assistência técnica, da capacitação de pessoal, da fiscalização e monitoramento.São utilizadas mais de 80 espécies florestais nativas para a recuperação das áreas de mata ciliar, reserva legal e outros ambientes degradados, espécies estas definidas pela Embrapa Florestas, através do Documento n°136, levando em consideração o clima, solo, crescimento, uso e características silviculturais e selecionadas por região bioclimática, tendo como base o zoneamento ecológico para plantios florestais no Estado do Paraná. Os plantios estão sendo realizados na forma de talhões mistos, utilizando espécies pioneiras, secundárias e clímax, ou seja, utilizando critérios como crescimento, exigência lumínica, longevidade e formação de banco de sementes ou plântulas.
O Programa já proporcionou a distribuição de mais de 118.5 milhões de mudas, beneficiando 134.246 pessoas em todo o estado.