O Governo de Rondônia, o Centro de Estudos Rioterra e 10 famílias promoveram a restauração de 270 hectares da reserva extrativista, com o plantio de 360 mil mudas de mais de 50 espécies florestais e frutíferas nativas. Esta área, restaurada em 2020, havia sido desmatada ilegalmente. Este é considerado o primeiro reflorestamento em uma unidade de conservação federal. Entretanto, esta mesma área foi atingida por um incêndio em 2023, criminoso segundo a entidade, e todo o trabalho foi perdido.
“A própria floresta tem uma tendência natural muito boa de regeneração”, comentou o presidente da Associação dos Moradores da reserva, José Pinheiro.
Ainda de acordo com Pinheiro, o território sofre bastante pela exploração de madeira, agricultura e pecuária. “Algumas áreas foram desmatadas para dar abertura ao estoque de madeiras em pátios. Chegamos a confrontar algumas pessoas que estavam fazendo a retirada ilegal de madeira, e tivemos êxito nas atuações”, disse. A comunidade que vive na Resex também participa de algumas ações de apoio a áreas ribeirinhas em risco.
Conservação Internacional, novembro de 2020
“Anos de trabalho e sonhos foram destruídos. Anos de investigação sobre restauração, biodiversidade, clima e economia viraram fumaça”, disse a Rioterra, em suas redes.
O Eco, setembro de 2023
A região em recuperação está sendo monitorada atualmente pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental de Rondônia (SEDAM-RO), em parceria com o projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia, e o Centro de Estudos Rioterra. Em novembro de 2021, a organização divulgou que seus profissionais estavam sofrendo ameaças por seu trabalho de restauração. Além disso, no mesmo ano, a área sofreu um incêndio e perdeu 2.700 hectares de florestas em processo de regeneração.
Saiba mais
- “Resex Rio Preto do Jacundá regenera naturalmente 2,4 mil hectares” – Conservação Internacional, 17/9/2020
- “Reflorestamento de áreas degradadas da Amazônia no combate ao aquecimento global” – Ecodebate, 5/9/2021
- “Reflorestamento de Unidade de Conservação em Rondônia sofre ameaça de grileiros” – Ecodebate, 12/11/2021
- “Pandemia, Bolsonaro e incêndios atrasaram o mais ambicioso projeto de reflorestamento da Amazônia” – reportagem de Jeremy Hance no site Mongabay, com tradução de Thaissa Lamha publicada pela Unisinos, 16/6/2023
- “Projeto de restauração florestal na Amazônia é vítima de incêndio criminoso” – Cristiane Prizibisczki para O Eco, 18/9/2023
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