Espaço que integra os setores público, privado e sociedade civil visando dar escala às iniciativas de desenvolvimento socioeconômico de baixo carbono na Calha Norte, no Pará. Ele foi idealizado inicialmente pelo governo estadual para promover ações de regularização ambiental, zoofitossanitária e fundiária, e fomento de um modo produtivo sustentável, inclusive sistemas agroflorestais. Entretanto, passou por uma grande expansão, com um número crescente de parcerias e a conversão numa plataforma que congrega múltiplos atores da região, inclusive a The Nature Conservancy e o IPAM. Em março de 2023 ela contabilizava mais de 3 mil hectares sendo recuperados e 3.481 propriedades contempladas.
Um dos exemplos de agricultura familiar que fortalece a produção de cacau paraense é a empresa Filhas do Combu, que produz cacau e chocolate. A produção começou em 2006 por iniciativa de Izete Costa, a Dona Nena, a partir de cacaueiros que cresciam de forma endêmica no quintal de sua casa, na ilha do Combu. Após comercializar o cacau para empresas de chocolate, Dona Nena passou a beneficiar o cacau e, hoje, a sua produção de chocolate e de brigadeiros gira em torno de 30 a 50kg por mês.
Agência Pará, abril de 2022
Desde 2021 ele vem ganhando escala, primeiro com a incorporação do Projeto RestaurAmazônia, apoiado pelo Fundo JBS pela Amazônia e a Elanco Foundation, que visa atender 1,5 mil produtores rurais de Novo Repartimento, Anapu e Pacajá e preservar mais de 20 mil hectares de floresta nativa. Mais recentemente, em março de 2022, foi anunciada uma parceria a Fundação Solidaridad, a Agrifirm e a Embaixada do Reino dos Países Baixos na região da Transamazônica para acelerar a regularização ambiental das propriedades de até 3 mil agricultores.
Em meados de 2023 começou a ser implantado um projeto-piloto de pagamento por serviços ambientais nos municípios de São Félix do Xingu e Novo Repartimento.
Também em 2023 foi realizada uma série de ações em parceria com governos locais e comunidades rurais da Área de Proteção Ambiental Lago de Tucuruí. Foi instalado um viveiro dedicado a espécies nativas em Goianésia do Pará.
Com previsão de duração até 2030, o programa é um dos eixos do Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA), coordenado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) do Pará. As suas ações são realizadas por uma força-tarefa, que reúne Semas, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), Instituto de Terras do Pará (Iterpa), Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) e Banco do Estado do Pará (Banpará). O Imazon contribui para a elaboração e implantação do programa.
Saiba mais
- Territórios Sustentáveis
- Folheto explicativo
- “Territórios Sustentáveis (TS) se reúne para dar início à fase de expansão no sudeste do Pará” – Agência Pará, 23/11/2021
- “Durante a páscoa, cacau da agricultura familiar paraense aquece mercado de ovos de chocolate” – Agência Pará, 12/4/2022
- “IDEFLOR-Bio promove recuperação de áreas alteradas por meio de Sistema Agroflorestais” – Agência Pará, 6/5/2022
- “Solidaridad, Agrifirm e Embaixada dos Países Baixos se unem em prol da agricultura sustentável na Amazônia” – O Presente Rural, 14/3/2023
- “Semas dá início a diálogo com produtores rurais para execução de Projeto de Pagamento por Serviços Ambientais” – artigo de Igor Nascimento para a Agência Pará, 7/7/2023
- “Ideflor-Bio fortalece o desenvolvimento sustentável na APA Lago de Tucuruí” – Agência Pará, 18/10/2023
- “Produtores de Parauapebas e Canaã dos Carajás conhecem programa de preservação ambiental” – Inteligência Brasil Imprensa, 29/3/2024
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