Ao longo da última década foram promovidas diversas iniciativas de restauração no parque, na Zona Oeste do Rio, uma das maiores unidades de conservação em área urbana do país.
O Projeto Parque de Carbono, iniciado em 2010, visou restaurar 224 hectares no setor Piraquara. Com apoio da Secretaria de Estado do Ambiente, ele foi patrocinado por recursos vindos do abatimento de emissões de gases, captados pelo Instituto BioAtlântica, que também geriu as atividades de restauração. O monitoramento e manutenção do plantio ficou por conta da CoopBabilônia, outra ONG.
As suas principais ações foram:
- Recrutamento e capacitação de moradores das comunidades do entorno do PEPB;
- Aquisição e plantio de mudas de espécies nativas da Mata Atlântica junto a viveiros regionais;
- Manutenção da área implantada;
- Prevenção e combate a incêndios;
- Monitoramento do reflorestamento;
- Colaboração com o órgão ambiental estadual.
Nessa vertente norte do PE da Pedra Branca, ou se tem um esforço conjunto para recuperação, ou jamais ela vai se recuperar. A falta de resiliência daquela vertente, pelo impacto ao longo dos anos, e pela característica climática da região, demanda esforços de restauração florestal intensivos. Do contrário, aqueles 1.300 ha de floresta que foram perdidos nos últimos dois séculos nunca serão recuperados. Não é apenas a recuperação de um parque, é a oportunidade de qualificação de mão-de-obra e geração de trabalho e renda para uma cadeia produtiva que se apresenta como muito promissora e com uma demanda crescente
Beto Mesquita, diretor do IBio, entrevistado por OEco
Mais tarde, a partir de 2015 uma moradora do entorno do parque teria plantado 5.500 mudas, recuperando uma área de 6 hectares.
No início de 2021 o governo do estado do Rio retomou projetos de restauração com foco em áreas afetadas por incêndios, sobretudo no bairro do Realengo. Foi organizado um mutirão para o plantio de cerca de 300 mudas de espécies da Mata Atlântica e dispersadas sementes, e a meta era chegar a 1.500 até o fim do ano. A expectativa é plantar, até o final do ano, cerca de 1.500 mudas. O mutirão engajou voluntários que atuam na Trilha Transcarioca, do Centro Excursionista Guanabara e do grupo Voluntários Engajados; as mudas são doadas pela Companha Estadual de Águas e Esgotos (Cedae). Outro mutirão foi realizado em maio de 2022.
Saiba mais
- IBIO
- “Parque de Carbono sai do papel” – artigo em OEco, 8/2/2011
- “Parque Estadual da Pedra Branca passa por novo reflorestamento” – artigo em O Dia, 1/4/2021
- “As sementes do voluntariado e o renascer da Mata Atlântica na Trilha Transcarioca” – Depoimento de Henrique Mendes, Diego Monsores e Luciana Nogueira em O Eco – 30/5/2021
- “Inea celebra Dia do Trabalho com plantio de mudas no Parque Estadual da Pedra Branca, em Realengo” – INEA, 3/5/2022
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