Corredores de Vida

Projeto premiado do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) que levou à formação do maior corredor florestal plantado na Mata Atlântica do Brasil: são 12 km de floresta que conectam as unidades de conservação Parque Estadual Morro do Diabo e Estação Ecológica Mico-Leão-Preto, no Pontal do Paranapanema. Ele envolve esforços de restauração de 200 hectares de áreas de preservação permanente em propriedades rurais e a promoção de tecnologias agroecológicas e participativas.

Nascido há mais de 17 anos, ele havia recuperado, até o início de 2023, 2 mil hectares com o plantio de mais de 4 milhões de árvores. Ele deverá durar um total de 30 anos e prevê o plantio de 75 mil hectares espalhados por 30 municípios até 2040.

Em 2021 o IPÊ se associou à consultoria Biofílica Ambipar, para o ingresso do projeto no mercado de carbono.

Os 75 mil hectares devem gerar 30 milhões de toneladas de CO2 ao longo de toda a duração do projeto. “É grande, mas não equivale nem a dois anos de compensação das emissões de uma empresa como a Vale”, diz [Plínio] Ribeiro [CEO da Biofílica Ambipar]. 

Reset, março de 2023

Com quase 35 mil hectares, o Parque Estadual Morro do Diabo preserva uma das últimas áreas de floresta de planalto do país, com ecossistemas ainda originais da região. Já a Estação Ecológica Mico-Leão-Preto é uma unidade de conservação integral federal com 6,7 mil hectares distribuídos entre os quatro maiores fragmentos florestais de Floresta Atlântica da região do Pontal do Paranapanema. Juntos, abrigam importantes espécies de fauna.

O projeto também inclui o estabelecimento de 10 viveiros comunitários, um programa de produção de sementes e uma iniciativa que incentiva assentados a plantar árvores nativas em suas terras, o programa Café com Floresta.

Fonte: IPÊ

Na área de abrangência do projeto temos quase seis mil famílias da agricultura familiar. Não dá para falar em restauração sem ter foco no social. Por isso, nosso projeto é quase 100% implantado pela própria comunidade. Porque mais importante do que a floresta que estamos plantando agora é a floresta que vai se manter, que vai permanecer no longo prazo. E a transformação permanente da paisagem depende do envolvimento comunitário. As pessoas são fundamentais nesse processo.

Laury Cullen Junior, engenheiro florestal e coordenador de projeto – publicação Iniciativas BNDES Mata Atlântica

Vale mencionar que, em 2020, o projeto iniciou o plantio de uma área de 500 hectares com mais de 1 milhão de mudas graças ao segundo prêmio recebido pelo seu coordenador, Laury Cullen Júnior, da Whitley Fund for Nature. O primeiro havia sido em 2002.

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Localização:

Mirante do Paranapanema e Teodoro Sampaio/SP