Apoena

A Associação em Defesa do Rio Paraná, Afluentes e Mata Ciliar, surgiu há 23 anos em função de uma campanha para limitar os impactos da usina hidrelétrica de Porto Primavera. Pioneira no Oeste Paulista, ela teve papel relevante na criação de várias unidades de conservação, como os parques estaduais Morro do Diabo, Peixe e Aguapeí, Estação Ecológica Mico-Leão-Preto, RPPN Foz do Aguapeí e, atualmente, na consolidação do Parque Apoena que, em parceria com instituições, restaurou mais de 600 hectares de área degradada, com o plantio de 1,2 milhão mudas nativas. 

Em 2020 a entidade recebeu o Prêmio Muriqui, outorgado pelo Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, um dos principais reconhecimentos a projetos ambientalistas no Brasil.

Prêmio Muriqui/RBMA

Hoje a entidade conta com vários programas e projetos desenvolvidos a partir de um escritório no Pontal do Paranapanema, e com uma base de trabalho em reserva legal de assentamentos de reforma agrária, nas margens do rio Paraná, onde ela promove ações de educação ambiental e a implantação de projetos de recuperação ambiental. Esse trabalho envolve as comunidades de assentados, órgãos ligados à reforma agrária em níveis estadual e federal, movimentos sociais e outras instituições. A entidade gerencia a recuperação do condomínio de reserva legal dos assentamentos Lagoinha, Engenho, Porto Velho e Luis Moraes, reunidos em uma só gleba nas margens do lago de Porto Primavera, a Reserva Florestal do Córrego do Veado.

A Apoena também produz sementes e mudas nativas e oferece serviços de plantio e manutenção, dentre outros. Em 2021 ela inaugurou um viveiro numa área de 2 mil metros quadrados, com capacidade de produzir 500 mil mudas anuais. Elas se destinam ao plantio próprio e para atender a projetos de restauração de terceiros. Ele dispõe de germinador, galpão de envasamento, plataforma de encanteiramento, casa de semeadura, irrigação, depósito de insumos e máquina envasadora, dentre outros recursos.

Dentre os projetos desenvolvidos pela Apoena, também vale destacar:

  • Em 2003, participou do projeto Sistemas Agroflorestais (SAFs) pra uma Agricultura familiar Sustentável: Biodiversidade, Agroecologia e Uso Múltiplo, em parceria com a ESALQ/USP, no Pontal do Paranapanema.
  • Também com a ESALQ/USP integra o projeto Modelos de Projetos Florestais para Recuperação de Áreas Degradadas com espécies nativas visando o Armanezamento de Carbono, a ser implantado na região
  • Em parceria com o WWF, entre dezembro de 2003 e 2004, firmou parceria técnico-financeira pra a disseminação da Visão de Biodiversidade da Ecoregião Florestas Alto do Paraná (Bioma Mata Atlântica).
  • Em maio de 2005, assinou com a indústria JBS-Friboi termo de parceria para elaboração de plano de manejo e atividade de apoio a recuperação da Reserva Florestal do Córrego do Veado e construção de Centro de Educação Ambiental e Memorial dos Índios Tupi-Guarani – CEA-MITG, decorrente de TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) entre a empresa e o Ministério Publico Estadual.
  • Em janeiro de 2006, em conjunto com a Proter, ONG do Vale do Ribeira, iniciou a implantação do projeto de Recuperação e Conservação Ambiental e Desenvolvimento Agroflorestal em Comunidades de Assentamentos no Vale do Ribeira e Pontal do Paranapanema – Estado de São Paulo, com o apoio do Programa Demonstrativo da Mata Atlântica – PDA, do Ministério do Meio Ambiente – MMA.
  • Com apoio do Fehidro, implantou, em 2008, trinta hectares de mata ciliar em Área de Preservação Permanente na Reserva Legal do Córrego do Veado, no reservatório da UHE. Porto Primavera, nas margens do rio Paraná.

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Localização:

Rua Cuiabá, 1 - Presidente Epitácio/SP