Organização que trabalha há três décadas em projetos de conservação da Mata Atlântica fluminense. Ela está implantando 22 corredores florestais na Área de Proteção Ambiental da Bacia do Rio São João/Mico-Leão-Dourado. Em 2024 ela adquiriu uma área adicional, de 103 hectares, para unificar os dois territórios onde vive a sua espécie-bandeira, o mico-leão-dourado.
Graças ao trabalho da organização, a população da espécie encontrada na Natureza passou de 200, na década de 70, para cerca de 4,8 mil animais.
Em 2005 um grupo de cientistas e especialistas estabeleceu nossa meta para salvar a espécie do risco de extinção
Luís Paulo Ferraz, secretário-executivo da AMLD, Relatório Anual 2022
até o ano de 2025. Desde então o foco de todo o trabalho
foi consolidar uma população de pelo menos 2 mil micos vivendo livremente em no mínimo 25 mil hectares
de florestas conectadas e protegidas.
Dentre seus projetos de restauração, vale mencionar:
- Recuperação de uma área de 62 hectares na Reserva Biológica Poço das Antas;
- A entidade administra o Parque Ecológico Mico-Leão-Dourado, de 90 hectares, aberto em junho de 2022. Ele foi constituído pela restauração de um antigo pasto com o plantio de 180 mil mudas nativas de 97 espécies;
- A AMLD é uma das criadoras da campanha Bosques da Memória, de homenagem a vítimas da Covid;
- Promoção de sistemas agroflorestais (SAF) em propriedades familiares prioritárias para a formação de corredores. Dentro desse esforço, ela promoveu a capacitação de 60 famílias e em 3 assentamentos de reforma agrária, para implantação de 10 hectares de SAF;
- Seu projeto Juturnaíba Viva, com apoio da Petrobras, promove, desde 2010, a implantação de viveiros florestais em parceria com proprietários rurais de Silva Jardim e Casimiro de Abreu. Ele incluiu a criação de um banco de sementes que identificou e georreferenciou mais de 1.200 árvores matrizes, de 125 espécies florestais nas matas da região;
- A entidade também está desenvolvendo um estudo sobre o enriquecimento florestal com epífitas, plantas que se desenvolvem apoiadas em árvores, arbustos e cipós, como orquídeas, bromélias, aráceas e cactáceas. Em junho de 2023 ela se preparava para plantar 62 mil mudas de epífitas.
— O mico não desce no chão para beber água. Ele geralmente usa a bromélia, que fica nos troncos das árvores, como fonte, e para pegar pequenos anfíbios, sapinhos, perereca. Então, além de enriquecer a biodiversidade, com a introdução das epífitas, a gente aumenta e diversifica o alimento para o mico-leão-dourado. Até os cactos têm frutos que eles comem — conta Carlos Alvarenga, engenheiro florestal da Associação Mico-Leão-Dourado (AMLD).
O Globo, junho de 2023
A AMLD presta serviços de restauração florestal. Um dos seus clientes é a empresa Autopista Fluminense, concessionária responsável pela gestão da Rodovia BR-101, que faz periodicamente plantios compensatórios na região.
Saiba mais
- Associação Mico-Leão-Dourado
- Youtube
- “Antiga fazenda onde foram plantadas 180 mil mudas da Mata Atlântica vira ‘casa’ de micos-leões-dourados” – artigo de Camila Araújo no Extra, 17/7/2022
- Relatório Anual 2022
- “Replantio de espécies em Silva Jardim ajuda a preservar mico-leão-dourado” – reportagem de Camila Araújo em O Globo, 19/6/2023
- “Mico-leão-dourado ganhará corredor florestal na Baixada Fluminense” – Vinícius Nunes, Diário do Rio, 23/2/2024
- “Salto olímpico da conservação: como o ameaçado mico-leão-dourado saiu de 200 animais para 4,8 mil em meio século” – Vanessa Oliveira, Um Só Planeta, 2/8/2024
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- AMLD
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