Projeto de manejo sustentável do palmito juçara e produção comunitária de polpa congelada, sementes e mudas, promovido pela Associação Comunitária Indígena Tjeru Mirim Ba’e Kuaa’I. A comunidade tem hoje mais de 110 mil pés plantados em meio às florestas da reserva.
“Os brancos foram induzindo os índios a cortar o palmito em troca de ferramentas. Depois veio o dinheiro, os índios começaram a vender para os brancos. Foi um desastre”, diz Adolfo Timótio, cacique da Terra Indígena Ribeirão Silveira, área de 9 mil hectares encaixada entre a praia de Boraceia e a Serra do Mar, nos municípios de Bertioga e São Sebastião. No final dos anos 1980, já quase não havia mais juçara. “A gente tinha que ir cada vez mais longe na mata buscar palmito”. […] “Começamos o trabalho com a construção do viveiro”, diz o vice-cacique Mauro dos Santos. Foi nele que, em 1998, os Guarani começaram a cultivar dezenas de mudas de juçara, que depois seriam plantadas em seus quintais, em meio à vegetação nativa da Mata Atlântica.
Artigo no website Mongabay, 28/1/2021
A comunidade recebeu recursos para construir uma unidade de beneficiamento capaz de produzir polpa de frutos congelados, dentro dos padrões sanitários. Também faz parte do projeto a aquisição de veículos de apoio, reestruturação de dois viveiros, contratação de serviços em manejo florestal, higiene e manipulação de alimentos, estudos técnicos e elaboração do Plano de Manejo Sustentável dos frutos da palmeira juçara.
Saiba mais
- “Projeto de recuperação ambiental dos Guarani Mbya conquista financiamento do Governo Estadual de São Paulo” – divulgação da Fundação Nacional do Índio (Funai), 11/11/2019
- “Por que os Guarani do litoral paulista plantaram sua própria floresta de palmito” – artigo de Xavier Bartaburu no website Mongabay, 28/1/2021
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