Fundação dedicada à construção de cadeias de valor na agropecuária e na mineração que sejam justas e sustentáveis. Na América Latina ela apoia o manejo de 789 mil hectares e a capacitação de 27 mil agricultores, mineradores e outros trabalhadores em melhores práticas.
No Brasil, ela desenvolve algumas iniciativas com viés restaurativo. Dentre elas:
Programa Terras da Mata
Iniciado em 2019, ele visa impulsionar a cadeia produtiva do mate, principal produto de origem florestal não-madeireiro da Mata Atlântica. Ele tem a meta de restaurar 1 mil hectares no polo ervateiro Nordeste Gaúcho. Deste montante, 70% são destinados à restauração produtiva de pequenas e médias propriedades ligadas à Associação dos Produtores de Erva Mate de Machadinho (Apromate). Os outros 30% se referem à adequação ambiental da propriedade e visam a recuperação das Áreas de Preservação Permanente (APP), com foco na sustentabilidade hídrica das fazendas.
A ocorrência na natureza, aliada ao cultivo da erva-mate em cerca de 31 mil propriedades rurais – na sua ampla maioria pequenas e médias propriedades familiares -, reúne aspectos que permitem a conservação e a restauração do capital natural, possibilitando a manutenção dos fluxos de serviços ecossistêmicos no nível da paisagem.
Isso quer dizer que, ao valorar a floresta, a produção agrícola se habilita para contribuir com agendas globais, como redução dos efeitos das mudanças climáticas e conservação da sociobiodiversidade, e proporcionar condições dignas de vida para agricultores, agricultoras e comunidades que ali habitam.
Artigo de Gabriel Dedini e Paula Freitas, Globo Rural, abril de 2023
Programa Territórios Inclusivos e Sustentáveis na Amazônia
Recuperação de pastagens degradas com sistemas agroflorestais e cacau em pequenas propriedades em Novo Repartimento/PA. O projeto foi implantado entre 2016 e 2020.
Em propriedades de agricultores familiares com atividades de pecuária e cacau, a Solidaridad Brasil (2020) estimou que em um cenário com boas práticas de manejo, desmatamento zero e restauração, a emissão de GEE pode ser reduzida em 75% por quilo de bezerro desmamado e 20% por tonelada de amêndoa de cacau produzida.
“Reflorestamento com Espécies Nativas: Estudo de Casos, Viabilidade Econômica e Benefícios Ambientais” , Coalizão Brasil/Clima, Florestas e Agricultura
Saiba mais
- Solidaridad América do Sul
- Youtube
- “Reflorestamento com Espécies Nativas: Estudo de Casos, Viabilidade Econômica e Benefícios Ambientais” – relatório da Coalizão Brasil/Clima, Florestas e Agricultura, com apoio da WRI Brasil, elaborado por Daniel Strozzi Soares, Miguel Calmon e Marcelo Matsumoto e publicado em dezembro de 2021
- “Cultivo da erva-mate promove a restauração produtiva da Mata Atlântica” – artigo de Gabriel Dedini e Paula Freitas em Vozes do Agro/ Globo Rural, 28/4/2023
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