reNature

Consultoria holandesa que promove a agricultura regenerativa em 25 países. Seus principais clientes são empresas que exploram alternativas aos modelos tradicionais de produção de café, cacau, algodão, celulose, óleo de palma, madeira, seringueira e pimenta branca. Sua equipe reúne especialistas em design de florestas, gestão de projetos, conservação de biodiversidade e mercado financeiro.

Em junho de 2023 ela anunciou o lançamento do programa Amaggi Regenera, em parceria com o Grupo Amaggi, líder global em produção de soja. Ele visa testar práticas regenerativas que conciliem tecnologia e soluções baseadas na natureza.

“Criamos a reNature com a premissa de que precisamos regenerar a natureza”, diz [Felipe] Villela [um dos fundadores da empresa], cuja família trabalha há 60 anos com agricultura orgânica de larga escala em Limeira, no interior de São Paulo. […]

As metas da reNature são ambiciosas: até 2030, quer regenerar um milhão de hectares de floresta pelo mundo, atingir 200 milhões de toneladas de carbono sequestradas e garantir segurança alimentar para mais de 10 milhões de famílias e agricultores.

Capital Reset, 2020

A reNature dá apoio a vários projetos piloto no Brasil. Por exemplo:

  • Cultivo de algodão com foco em regeneração do Cerrado em Minas Gerais, iniciado em 2019;
  • Fazendas de café do Cerrado mineiro com a Nespresso, da Nestlé;
  • Café Apuí, produzido em pequenas propriedades no Amazonas, no sistema agroflorestal, numa parceria com o Idesam;
  • Viveiro Anauá, que atua há mais de 15 anos no sul da Bahia, com o qual a reNature está desenvolvendo um projeto agroflorestal piloto;
  • Produção agroflorestal de café na Fazenda Pedra Preta, na Serra da Mantiqueira;
  • Agroflorestas com foco em frutas nativas na Reserva Natural Guaricica, antiga fazenda de produção de búfalos no Paraná, restaurada pela SPVS;
  • Novos modelos de Pecuária no Pampa, sendo testados na Estância da Ponta, no Rio Grande do Sul;
  • Amazonbai, marca da Cooperativa dos Produtores Agroextrativistas do Bailique, que maneja açaí no Amapá

Villela calcula que o investimento inicial para a transição, que inclui insumos, materiais, mudas, sementes, leva de 3 a 4 anos para começar a se pagar e gerar lucro. A rentabilidade vem também da diversificação de culturas e prestação de serviços ambientais. Hoje, bancos interessados na bioeconomia também estão investindo no modelo para depois comercializar créditos de carbono.

O sistema de agrofloresta utilizado pela reNature promete controlar os riscos de esgotamento de solo com a diversificação de espécies. A cultura indicada pelo cliente é consorciada com espécies que fazem o sistema ser mais rentável, criando uma biodiversidade que regenera o solo e sequestra mais carbono na atmosfera, além de prover mais segurança alimentar ao agricultor.

Capital Reset, 2020

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Localização:

Amsterdã/ Holanda