Rede de Sementes do Cerrado

Mais de 250 coletores de 25 comunidades no entorno da Chapada dos Veadeiros trabalham na coleta de sementes nativas e fortalecimento da cadeia de restauração ecológica. A rede, formada em 2001, também promove pesquisa acadêmica, capacitação em semeadura direta e o engajamento de comunidades tradicionais no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e no território da comunidade Kalunga, em Cavalcante, Goiás.

O desenho da restauração da semeadura é pensado levando em consideração a sucessão ecológica das espécies que serão plantadas. “Temos espécies que dominam e ocupam os sistemas nos primeiros anos e morrem, outras vão ocupar esse espaço e a sucessão vai acontecendo ao longo do tempo”, explica [ a bióloga Camila Prado] Motta [, presidente da rede]. “Todas as espécies são plantadas juntas, e a ideia é basicamente que uma ajude a outra.”

A muvuca permite planejar a estratégia a partir da composição original da área de interesse. “Se o objetivo final é ter um campo nativo, por exemplo, muda-se a proporção de formas de vida na semeadura: coloca-se mais gramíneas e menos árvores, ou nenhuma”, diz Motta. “É pensado conforme a fisionomia do Cerrado.”

A técnica da semeadura traz outras vantagens. Ela é mais barata de implementar, já que descarta a etapa da produção de mudas em viveiros e elimina anos de manutenção e inclui as comunidades tradicionais.

National Geographic Brasil, novembro de 2021

Desde 2017, a Rede de Sementes do Cerrado conta com o apoio do CEPF e uma parceria com a associação Associação Cerrado de Pé. Ela também integra o Redário, articulação de redes e grupos de coletores de sementes nativas para restauração ecológica.

Em 2022 ela começou a desenvolver, com outros parceiros, o projeto de restauração Águas Cerratenses.

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