Itaipu Binacional

A empresa foi responsável por 28% da área de Mata Atlântica restaurada no Paraná durante os trinta anos que vão de 1985 e 2015. Essa porcentagem corresponde a 20.957 hectares na margem brasileira do reservatório da Usina de Itaipu. A informação deriva do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica produzida pela Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Segundo a divulgação da empresa, ela desenvolveu o maior programa de reflorestamento do mundo já feito por uma hidrelétrica.

Desde 1979 foram plantados 24 milhões de mudas de árvores nativas numa faixa de proteção ao reservatório da empresa. Esta faixa inclui o Corredor Ecológico Santa Maria, de 60 metros de largura por 4 km de comprimento, que liga dois parques nacionais: Iguaçu e Ilha Grande e também passa pela RPPN da Fazenda Santa Maria.

O projeto é emblemático pela soma de esforços das diversas instituições parceiras (Itaipu, prefeituras de Santa Terezinha e de São Miguel do Iguaçu, Parque Nacional do Iguaçu/ICMBio, Ministério Público Estadual, Instituto Água e Terra, Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Ibama, Ecocataratas, Departamento de Estradas de Rodagem e Instituto Caminhos da Conservação). Além do arranjo entre as instituições, foi fundamental o apoio da comunidade, especialmente os proprietários de terra que cederam partes de suas propriedades para a formação do corredor, que hoje soma 902 hectares.

 Lançado em 2002, o projeto localiza-se em nosso município entre os rios Apepu e Rio Bonito e a faixa de proteção do Lago de Itaipu. Os trabalhos tiveram início com a construção de cercas de divisa e a recuperação florestal, com o plantio de mudas nativas da região. O seu monitoramento inclui levantamento fitossociológico, masto faunístico, herpetológico, da fauna alada, da ictiofauna e da qualidade da água dos rios da região. 

Esta iniciativa rendeu à Itaipu Binacional o status de Reserva da Biosfera. A chancela da Organização das Nações Unidas para a Educação (Unesco) veio em julho de 2019 — dois anos depois de o título ser concedido ao lado paraguaio da hidrelétrica. A usina fica obrigada a evitar o desmonte dos programas de preservação ambiental na empresa e manter a floresta em pé.

A empresa também desenvolveu, entre 2003 e 2017, o programa Cultivando Água Boa, de recuperação das matas ciliares dos rios tributários do reservatório.