Iniciativa participativa de pesquisa desenvolvida pela Embrapa Amazônia Oriental junto a agricultores familiares do Sudeste do Pará. Realizada no projeto de assentamento Mamuí, ele busca estratégias de restauração florestal de baixo custo, como o plantio de sementes pré-germinadas e mudas de espécies já existentes no local. Mais de 50 espécies arbóreas nativas, algumas já praticamente escassas na região, foram introduzidas nas áreas de preservação permanente que anteriormente estavam cobertas com pasto e uma regeneração secundária empobrecida.
[Ele] revela que o plantio de espécies nativas – florestais e frutíferas – é a forma mais indicada de recuperação de áreas de preservação permanente na região amazônica. Para as áreas de reserva legal, a recomendação é a implantação de Sistemas Agroflorestais (SAFs). […]
Levamos tecnologias e construímos alternativas com os agricultores para que eles possam se adequar à legislação e produzir mais em suas áreas”, explica a engenheira florestal Michelliny Bentes, pesquisadora da Embrapa Amazônia Oriental e coordenadora do Inovaflora.
Segundo a pesquisadora, um dos principais gargalos nos trabalhos de recuperação envolve os custos com a produção ou aquisição de sementes, mudas e insumos, e com adubação, viveiros e transporte até as áreas de plantio. “Esses custos são altos na Amazônia. A obtenção de sementes de espécies florestais nativas é outro gargalo, assim como o conhecimento sobre seu desenvolvimento germinativo”.
Embrapa, novembro de 2023
O Inovaflora faz parte do Projeto Integrado da Amazônia (PIAmz), parceria entre a Embrapa e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com ações financiadas pelo Fundo Amazônia.
Saiba mais
- “Plantio de árvores nativas da Amazônia recupera áreas de preservação permanente no Sudeste do Pará” – Embrapa, 14/11/2023
- “Espécies nativas ajudam na recuperação de matas ciliares no sudeste do Pará” – Fabrício Queiroz, Pará Terra Boa, 21/3/2024
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