Entidade dedicada à compensação de emissões de carbono via recomposição florestal, sobretudo em áreas de matas ciliares em várias partes do país, com destaque para os estados de São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro. Fundada em 2005, ela focou inicialmente apenas na compensação de emissões de gases-estufa, mas a partir de 2010 passou a implementar projetos exclusivos de recomposição de mata nativa, adequação de propriedades rurais, proteção direta aos recursos hídricos e pesquisas como, por exemplo, sobre as consequências do aquecimento global.
Uma de suas primeiras iniciativas de destaque, batizada de TGI, promoveu a restauração de 425 hectares em áreas de preservação permanente ciliares de propriedades privadas nos estados de São Paulo e do Paraná.
A área reflorestada procurará estabelecer um contínuo de matas ciliares ao longo de microbacias hidrográficas para potencializar sua função biológica de recuperação, conservação e proteção da biodiversidade, além de contribuir para a melhoria da paisagem. Ressalta-se ainda que, ao garantir a qualidade das nascentes, o abastecimento de água, a manutenção do microclima, a contenção da erosão ciliar e outros serviços ecossistêmicos, haverá uma relação indireta com os aspectos sociais.
Os corredores ecológicos do Paraná contemplam uma faixa de 5 quilômetros às margens dos grandes rios do estado. Esses corredores têm o objetivo de ligar os grandes fragmentos remanescentes de vegetação nativa da Mata Atlântica do estado.
Em São Paulo, ele será realizado nas regiões mais degradadas do estado e engloba, no total, 17 municípios, dos quais dois – Lorena e São José dos Campos – encontram-se na região da Serra da Mantiqueira, indicada como área prioritária para conservação, por ser uma área importante para diversas espécies de anfíbios e aves, além de oferecer grande riqueza de nascentes e mananciais de água.
Estamos trabalhando em cinco frentes diferentes nos dois estados. São vários lugares com realidades bem diferentes, ambientais, sociais e econômicas. Algumas áreas possuem mais montanhas, outras são mais planas. Temos região com plantação de cana, baseada na agricultura familiar, voltada para a produção de grãos, com pecuária etc. Um verdadeiro mosaico.
Roberto Resende, agrônomo – publicação Iniciativas BNDES Mata Atlântica
Então, para chegar ao agricultor, fazer essa mobilização, esse convencimento, a gente precisa trabalhar em rede, precisa estar articulado com grupos locais. As parcerias são fundamentais.
Destaques do projeto, segundo o BNDES:
- Contratação de mão de obra local: duzentas pessoas serão empregadas nas diversas frentes e atividades do projeto, incluindo as etapas de preparo, implantação, produção de sementes e mudas, manutenção e gestão.
- Carbono: estima-se que haverá a fixação de aproximadamente 128 mil toneladas de dióxido de carbono da atmosfera, contribuindo para o esforço de mitigação das emissões mundiais de gases do efeito estufa.
- Plantio: o projeto vai plantar aproximadamente 700 mil mudas de espécies arbóreas nativas do bioma em corredores ecológicos e áreas prioritárias para conservação.
- As formações vegetais originais da região são a floresta estacional decidual e floresta semidecidual.
A lista de projetos da Iniciativa Verde também inclui: Carbon Free, Plantando Águas, Amigo da Floresta, restauração de áreas no Parque Estadual do Jurupará e na Estação Ecológica Ibicatu, e outros no âmbito do Programa Nascentes do governo paulista.
Saiba mais
- Iniciativa Verde
- Youtube
- Iniciativa Verde no Programa Nascentes
- BNDES
- Case descrito na publicação Iniciativa BNDES Mata Atlântica, de 2015
- “Você pode ajudar a reflorestar a Mata Atlântica!” – artigo de Natasha Olsen no portal CicloVivo, 27/5/2021
- “Programa está restaurando 520 hectares de Mata Atlântica em Piracicaba” – Ciclo Vivo, 24/8/2023
Localização:
Telefone:
E-mail: