A comunidade de Reforma Agrária proveu em junho de 2023 semeadura aérea dispersando sementes de palmeira juçara em uma área de 67 hectares. Trata-se de uma antiga área de monocultura de pinus e eucalipto.
A ação foi organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) em parceria com diversas organizações: Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA/PR), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Itaipu Binacional, Prefeitura e Câmara de Vereadores de Quedas do Iguaçu e Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS).
Além do ganho ambiental, a disseminação da palmeira juçara reflete o avanço da utilização do seu fruto como fonte de renda, conforme explica Manuela Pereira, professora da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e coordenadora do Laboratório Vivam de Sistemas Agroflorestais da universidade. O projeto trabalha com 56 famílias, de 7 municípios da região Centro do Paraná. O desenvolvimento de produtos é o ponto forte do projeto que transforma os frutos da Mata Atlântica, como a guabiroba, o jerivá, o araçá, butiá e pitanga, em doces, geleias, sorvetes, polpas e balas.
“Os agricultores perceberam que deixar a juçara em pé é bem mais rentável do que extrair o palmito. Aqui no acampamento Dom Tomás já foi erradicado totalmente qualquer tipo de extração”. A fruta rende muito mais, porque a partir do 8º ano de vida, a árvore dá frutos anualmente, conforme explica a professora. No caso da extração do palmito, a árvore é cortada, por isso o avanço da ameaça de extinção da espécie.
Bem Paraná, junho de 2023
Saiba mais
- “Bioma mais ameaçado do Brasil recebe ‘chuva’ de sementes em comunidade do MST” – Bem Paraná, 10/6/2023
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