Raízes do Purus

Iniciativa desenvolvida pela Operação Amazônia Nativa (Opan) desde 2013, com foco em gestão territorial, fortalecimento da cadeia de produtos da sociobiodiversidade e manejo sustentável em seis terras indígenas amazônicas. Ela também promove capacitação e mutirões de plantio de sistemas agroflorestais.

Ela apoia os povos Apurinã, da Terra Indígena Caititu; Deni, da TI Deni; Jamamadi, da TI Jarawara/Jamamadi/Kanamanti; e Paumari, das TIs Paumari do lago Manissuã, Paumari do lago Paricá e Paumari do Cuniuá, situadas no sul do Amazonas, na região do arco do desmatamento.

“Já colhemos banana, colorau e abacaxi. Com pouco mais de um ano, o canteiro agroflorestal já está produzindo”, comenta, satisfeito, Antônio Apurinã, da aldeia Idecorá. Ele informa, ainda, que na aldeia eles têm cerca de 40 espécies diferentes de madeira de lei plantadas no canteiro, como ipê, cedro, mogno e sumaúma.

“Hoje, sabemos que as aldeias Copaíba, São Domingos, Irmã Cleusa e Paxiúba iniciaram seus SAFs apenas pegando informações técnicas no escritório da OPAN em Lábrea e participando de oficinas e mutirões nas unidades pilotos. Agora, outras aldeias já demonstram interesse em iniciar seus canteiros”, informa Magno dos Santos, indigenista da OPAN.

OPAN, junho de 2015

Em 2022 o projeto completou a implementação de 26 áreas de [sistemas agroflorestais] SAFs, regenerando a terra e contribuindo para a fartura de alimentos nas mesas das comunidades. Os SAFs também são uma forma de potencializar o coletivo e a autonomia na gestão dos territórios. Além da implementação, o Raízes do Purus oferece assistência técnica e institucional, com insumos e equipamentos, por exemplo e, por outro lado, com apoio aos fóruns coletivos de deliberação, avaliação e gestão que, fortalecidos, os ajudam a tomar decisões sobre outros assuntos que os afetam.

Relatório 2022 – Petrobras/ Imaflora