Nos anos 70, o advogado Jayme Vita Rosso adquiriu 855 mil metros quadrados de terras completamente devastadas em Parelheiros, na periferia da cidade de São Paulo. Desde então plantou 600 mil árvores, a maior parte delas nativa. Ele também criou um viveiro com capacidade de produzir 25 mil mudas por ano.
A propriedade tornou-se Reserva Privada de Patrimônio Natural nos anos 90. Ali são desenvolvidos projetos de educação ambiental.
O plantio provocou o ressurgimento de nascentes e corpos d’água que Jayme e as filhas querem nomear em homenagem a famosos locais, como Carolina Maria de Jesus. A escritora viveu em Parelheiros e possui uma estátua no bairro inaugurada neste ano pela prefeitura paulistana. “Eu a conheci!”, diz Jayme. […]
Além de Ana, sua irmã Vera Roso, 63, se aposentou como professora para se dedicar exclusivamente ao sítio da família há onze anos. Após o auge da pandemia, elas reativaram a parceria com a polícia ambiental para a libertação de pássaros resgatados do tráfico de animais. Em 2021, 27 aves foram libertadas em um só dia na propriedade. Uma delas, inclusive, é a coruja-orelhuda. O som feito pela ave dá nome à reserva: Sítio Curucutu.
Ecoa/ UOL, agosto de 2022
Saiba mais
- “O ambientalista solitário” – artigo de Marcos Candido na Ecoa/ UOL, 12/8/2022
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