O IPMA, criado em 1996, dedica-se à reprodução e reintrodução de aves nativas da Mata Atlântica de Alagoas, sobretudo o mutum-de-alagoas, espécie endêmica mas extinta no estado. A ave só era encontrada em cativeiro, mas começou a ser reintroduzida em 2017 a partir dos descendentes de indivíduos capturados há 40 anos.
A ave protagoniza o primeiro caso na América Latina de reintrodução de um animal extinto na natureza. Segundo Luís Fábio Silveira, curador das coleções ornitológicas do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, há “pouquíssimos casos” semelhantes no mundo. Entre eles, “o falcão-das-ilhas-maurício [Falco punctatus], o condor-da-califórnia [Gymnogyps californianus], o corvo-havaiano [Corvus hawaiiensis] e o furão-de-pés-negros [Mustela nigripes]”. […]
A ONG vem coordenando trabalhos de educação ambiental nas comunidades e fazendas da Zona da Mata nordestina e buscando sensibilizar os usineiros, detentores dos maiores remanescentes de vegetação na região, a conservar ou recuperar o habitat do mutum-de-alagoas. O engenheiro [Fernando Pinto] contabiliza 9 mil hectares convertidos, ou em processo de conversão, em Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs).
Mongabay, novembro de 2019
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- “Mutum-de-alagoas: ave quase extinta volta à natureza e testa capacidade de sobrevivência” – artigo de Pedro Biondi no portal Mongabay, 19/11/2019
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