O Projeto de Proteção da Mata Atlântica em Minas Gerais, desenvolvido pelo Instituto Estadual de Florestas entre 2003 e 2023, promoveu conservação e restauração da Mata Atlântica no entorno de unidades de conservação, numa área total de 140 mil quilômetros quadrados, o equivalente a 25% do território de Minas, abrangendo 429 municípios.
Suas duas fases foram desenvolvidas por meio de uma cooperação financeira firmada entre o governo mineiro e o KFW (Banco Alemão de Desenvolvimento).
O programa incluiu componentes de prevenção e combate a incêndios florestais, monitoramento da cobertura vegetal, a formação de corredores e incentivos à recuperação e conservação. Ele também fomentou a criação de corredores ecológicos entre as áreas de florestas remanescentes, especialmente no entorno dos Parques Estaduais do Itacolomi, Rio Doce, Serra do Brigadeiro e Serra do Papagaio.
A sua segunda fase, o Promata II, foi conduzida entre 2011 e 2023, com um orçamento de 15 milhões de euros, sendo 8 milhões provenientes do KfW e 7 milhões do governo mineiro.
Entre os principais legados destacados pela delegação do banco alemão estão as bases jurídicas desenvolvidas para o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o PRA; o aprimoramento dos planos municipais de Proteção da Mata Atlântica (PMMA); o uso preventivo de fogo controlado para evitar incêndios florestais e conservar a biodiversidade nas UCs; a nova metodologia de plano de manejo; o uso das tecnologias para monitoramento, via satélite, da exploração de madeira ilegal; o monitoramento contínuo da vegetação nativa; entre outros.
Agência Minas Gerais, junho de 2023
Saiba mais
- IEF
- “Floresta em pé, dinheiro no bolso”, artigo publicado em O Eco, 3/11/2008
- “Delegação do banco alemão KfW avalia legado do projeto de proteção à Mata Atlântica em Minas” – Agência Minas Gerais, 19/6/2023