Nascente Viva – Ivu Oikoveva

Projeto nascido da parceria da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) com a Associação das Mulheres Indígenas de Dourados (AMID), a Associação de Produtores Orgânicos de Mato Grosso do Sul (APOMS) e o grupo alemão Team Tarahumara Fans, formado por pessoas que correm descalças.

Lançado em 2018, ele visa restaurar cerca de 31 hectares às margens do Córrego Jaguapiru e promover educação ambiental em escolas indígenas das aldeias Jaguapiru e Bororó. O projeto plantou pelo menos 6 mil mudas até 2022 e criou um viveiro com capacidade de produção de 20 mil mudas.

Com a associação Tarahumara Fans e seu grupo de corrida, ela [Elen Mary Machado tornou o Nascente Viva internacionalmente conhecido e levantou fundos para o projeto. Nas suas corridas, paralela a corrida pelo projeto dos indígenas na aldeia, atletas da região de Frankfurt correm cada um por uma árvore no Jaguapiru e ganham no fim, um colar-medalha feito de sementes da aldeia. […]

Por que o projeto funciona? “Porque é como a natureza”, disse Elen, “somos flexíveis com nossa organização. Damos impulso. Nós temos uma estrutura. Mas as coisas também acontecem. Um estudante de direito nascido na aldeia, que estava passando disse: Eu tenho aqui uma semente de coco. E lá vai ele para a casa de sementes. Todos estão envolvido neste projeto”. 

Artigo “Terra dos Indígenas”, abril de 2021

“No meu quintal eu tenho de tudo um pouco e quero que meus irmãos indígenas também tenham. Produzindo algumas mudas no fundo do meu quintal, como por exemplo mudas de Pitomba, Pacurí, Jenipapo, Jatobá, Coquinho, Jaracatiá, posso doar parte delas aos meus parentes e amigos, para que eles também desfrutem do que tenho hoje”, contou [Enivaldo Reginaldo, da aldeia Jaguapirú].

Agora MS, dezembro de 2021