Restaura Cerrado

Projeto conduzido por cientistas, coletores de sementes tradicionais, estudantes e ambientalistas, e que visa estudar e promover um modelo de restauração compatível com as características únicas do Cerrado, sobretudo a dominância de gramíneas.

Trata-se de uma colaboração entre o Instituto Chico Mendes para a Conservação da Biodiversidade/ ICMBio, o Centro de Gestão e Inovação da Agricultura Familiar da Universidade de Brasília/ CEFAGI/UNB , a Rede de Sementes do Cerrado e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária/ Embrapa.

A rede está empenhada em combater as noções de restauração de ecossistemas que enfatizam o reflorestamento e, em vez disso, mostrar que o restabelecimento das plantas nativas da savana utilizando gramíneas é desejável e possível. […]

“No norte e no centro do Cerrado, [o agronegócio] ainda desmata ativamente as terras”, diz Daniel Vieira, engenheiro florestal da Embrapa envolvido com a rede Restaura Cerrado há vários anos. “Mas no sul, a maior parte do desmatamento já aconteceu. Temos muitas terras degradadas.” E é lá que a Restaura Cerrado está trabalhando – não tentando conservar a vegetação nativa existente, mas procurando restaurar as terras agrícolas exauridas na esperança de fazer florescer o ecossistema de savana.

Artigo de Sarah Sax para a Mongabay/ Conexão Planeta, fevereiro de 2021

Um de seus produtos é o aplicativo Radis Cerrado, que auxilia a recomposição ambiental, o monitoramento e a regularização legal de áreas em processo de restauração. Por meio do GPS do celular, o produtor consegue mapear a propriedade e as áreas desmatadas, registrando informações sobre o imóvel, a produção e a vegetação nativa. Ao se conectar à internet, os dados são enviados para a nuvem e acessados, quase que instantaneamente, pelo órgão ambiental.