Ampla iniciativa que visa a construção de uma cadeia produtiva associada à restauração na bacia do rio Paraíba. Ela é desenvolvida no âmbito do Programa Nascentes, do governo paulista, com a participação de várias entidade, como WRI e TNC, e produtores rurais, com destaque para a Fazenda Nova Coruputuba.
A legislação previu a possibilidade de compensar a falta de floresta nas propriedades por meio de projetos de plantio de árvores nativas em áreas de terceiros dentro do bioma. Como no território paulista há cerca de 1,2 milhão de hectares de passivos a reparar e poucos espaços disponíveis para isso, a tendência seria ocorrer uma fuga de investimentos destinados a criar florestas em outros estados. “Seríamos exportadores de serviços ecossistêmicos, quando na verdade precisamos muito deles”, afirma Helena Carrascosa, coordenadora do Programa Nascentes, da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo.
A solução, segundo ela, foi pensar novos modelos de RL, economicamente mais competitivos, com melhor custo-benefício em relação à concorrência dos projetos fora do Estado. Como ponto de partida, o Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (Ipef) desenvolveu estudos de viabilidade financeira para o uso econômico dessas áreas de reserva restauradas com árvores nativas, chegando a taxas de retorno atrativas a investidores. “Além da redução de custos, constatou-se ótimo potencial de renda para as propriedades rurais, através da comercialização de produtos madeireiros e não madeireiros”, destaca Carrascosa.
Com base nos resultados, a ideia de criar o Polo de Floresta Multifuncional do Vale do Paraíba ganhou corpo, engajando produtores rurais, associações e ONGs, como o World Resources Institute (WRI) e a TNC, que apoia projetos em municípios da região e mobiliza doadores na plataforma Restaura Brasil.
Artigo de Sérgio Adeodato na revista Página 22, 13/5/2021
Veja também: Rede Agroflorestal do Vale do Paraíba, iniciativa com alguns elementos em comum, na mesma região
Saiba mais
- “O filão das novas florestas” – artigo de Sérgio Adeodato na revista Página 22, 13/5/2021
Localização: