Projeto Tamoios de Plantio

Maior projeto de restauração do estado de São Paulo, concluído em maio de 2021, promoveu o plantio de 832 mil mudas de 290 espécies da Mata Atlântica numa área de 430,1 mil hectares. Trata-se de uma medida compensatória promovida pela Concessionária Tamoios, responsável pela malha rodoviária da região. A área restaurada forma um corredor de ligação entre fragmentos de florestas nativas que vão da região do Porto de Santos até a divisa com o Rio de Janeiro.

O processo de restauração foi tocado pela startup PlantVerd. Um de seus desafios foi o combate e manejo de 124 hectares de espécies exóticas.

O empreendimento foi dividido em dois lotes com contratos de O valor do contrato R$16,8 milhões.

  • Núcleo Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar, no município de São Luis do Paratinga, iniciado em novembro de 2017 e encerrado em maio de 2021;
  • Diversas áreas nos municípios de Paraibuna, Caraguatatuba e São Sebastião, iniciado em agosto de 2017 e encerrado em janeiro de 2021.

Entre as principais espécies plantadas está o pau-marfim (Balfourodendron riedelianum), o jequitibá-rosa (Cariniana legalis), o cambuci (Campomanesia phaea), o ipê-felpuldo, (Zeyheria tuberculosa), entre outras.

O projeto, desenvolvido e implementado em conjunto com a ONG Corredor Ecológico, foi apresentado como Caso de Sucesso no seminário Perspectivas Integradas de Governança da Restauração de Ecossistemas, organizado pela União Europeia e Nações Unidas em 2019.

Antônio Borges [responsável pelo projeto] destaca que o mais importante foi o trabalho de conexão da fauna e também a retirada de vegetação exótica, permitindo que a vegetação nativa se recomponha. Ele explica que, embora houvesse vários fragmentos de mata atlântica protegidos na região, entre eles havia trechos degradados ou de manejo de plantas exóticas, como o eucalipto.

Foram escolhidas áreas de alta prioridade, como essas, para ações específicas, como a “morte em pé” dos eucaliptos, que é uma técnica que permite a retirada dessa vegetação exótica, sem que o sub-bosque fosse afetado. “A ideia é melhorar a capacidade dessas áreas de preservação para que a gente garanta a resistência do bioma Mata Atlântica do Brasil, por mais muitos anos.” […]

“Foi feito um trabalho de mapeamento em busca de viveiros em um raio de até 100 km do projeto, para que as sementes e mudas das matrizes já fossem acostumadas com o clima da região e tenham uma resistência maior”, explica.

Reportagem da Agência Brasil, 29/12/2020

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Localização:

Vale do Paraíba/SP

Espécies com que trabalham:

pau-marfim, jequitibá-rosa, cambuci, ipê-felpuldo