Já na década de 1920, a vegetação nativa de Lorena, formada por várzeas e florestas de portes variados, sofria intensamente com a agricultura. Tanto que, em setembro de 1923, a prefeitura da cidade doou ao governo federal uma área de cerca de 250 hectares para a construção de um Campo de Sementes, a mesma área que Juarez Távora transformou em horto florestal na década de 1930.
O “reflorestamento” do local começou em março de 1934, inicialmente com o plantio de quase duas mil mudas de eucalipto. Nos anos que se seguiram, os gestores da área realizaram uma verdadeira experimentação vegetal, plantando mudas de todos os biomas brasileiros em uma região típica de Mata Atlântica. Ali, é possível encontrar coqueiros da bahia (Cocos nucifera), castanha do Maranhão (Bombacopsis glabra), pacová de macaco (Swartzia langsdorfii), seringueiras (Hevea brasiliensis), entre muitas outras. Tudo está documentado. Um banquete para quem deseja estudar o comportamento de espécies exóticas na Mata Atlântica ou as possibilidades de recuperação do bioma.
“Como aqui as áreas foram manejadas de várias maneiras, há vários níveis de regeneração. Lorena também passou por muitos ciclos, então é possível realizar pesquisas nos níveis históricos de ocupação do solo”, explica a agrônoma Susan Domaszak do Bonfim e Araújo, analista ambiental da unidade.
Esta porção de terras foi transformada em Floresta Nacional (Flona) em 2001. Antes, era uma Estação Florestal de Experimentação.
Leia na íntegra: artigo de Cristiane Prizibisczki, publicado em O Eco, 13/5/2009