A comunidade tupiniquim está implantando sistemas agroflorestais que incorporam espécies florestais nativas, como o pau-brasil, que lhe dá nome.
“A gente viu muitas nascentes secarem. Quando se começou a tirar o eucalipto, percebemos que a água começou a voltar”, ela [a engenheira florestal Bárbara Tupinikim] conta. “Todo mundo aqui tem um ódio absoluto do eucalipto, mas só depois eu entendi que o problema não é necessariamente essa árvore, mas o monocultivo. Se fosse monocultivo de café, teria sido a mesma seca.” […]
Na área de quase 2 hectares no entorno de sua casa, quiabo e jiló são duas das culturas com fins comerciais, assim como a aroeira, que Bárbara utiliza para produzir óleos essenciais. Feijão e arroz ela produz para consumo próprio. Entre as frutíferas, a área tem exemplares de espécies como pitanga, jenipapo e araçaúna, árvore nativa da Mata Atlântica que dá uma fruta redonda, de cor roxa, quase negra, de sabor intenso e um tanto ácido. “Era uma espécie que tinha praticamente desaparecido aqui do território”, conta a produtora.
Globo Rural, abril de 2025
Saiba mais
- “Pau-brasil: conheça os esforços para preservar a árvore” – Patrick Cruz, Globo Rural, 13/4/2025
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