A iniciativa mobiliza 25 famílias para a implantação de sistemas agroflorestais. Elas se dividem em três núcleos, estabelecidos em aldeias de Dourados/MS. O projeto nasceu de uma captação coletiva, organizada pelo economista Eduardo Moreira. Os recursos arrecadados são administrados pela ONG Gaia e vários pesquisadores da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) submeteram projetos de produção e comercialização de alimentos, com vista à sua autossuficiência.
“A gente está desenvolvendo o trabalho na roça utilizando o conhecimento tradicional indígena e o conhecimento científico. Antes de desenvolver os trabalhos, a gente chama os mestres tradicionais para abençoar a terra, e o primeiro plantio é do milho, conforme nosso etnoconhecimento. Depois vem o conhecimento científico, a avaliação das propriedades do solo, entre outras tecnologias”, avalia Ivanusa da Silva Pedrosa. […]
“Recebemos críticas de algumas pessoas, que dizem que estamos produzindo hortaliças e que isso não é alimento da cultura indígena. Plantar hortaliças foi o meio que escolhemos para cultivar a terra, recuperar o solo, resgatar as matas, preservar nossas sementes crioulas e a biodiversidade do nosso território, e ao mesmo tempo ter um bom alimento e gerar renda para nossas famílias”, argumenta Nelson Avila da Silva. Ele é o responsável por representar o Núcleo de Produtores Indígenas (NUPOIN) junto à Associação de Produtores Orgânicos de Mato Grosso do Sul (APOMS).
Agora MS, abril de 2023
Saiba mais
- “Nas aldeias de Dourados, três grupos implantam sistemas de produção agroecológica” – Agora MS, 3/4/2023
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