Organização dedicada à promoção de práticas sustentáveis e restauração da Caatinga em uma comunidade rural do sertão pernambucano. Desde 2019 ela trabalha com 40 famílias das comunidades de Barreiros e Santana, que estão implantando sistemas agroflorestais e passaram a produzir geleias, conservas, vinagres e bebidas fermentadas utilizando espécies do bioma, como umbu, caju, alecrim-do-mato e quebra-faca.
A iniciativa já vinha sendo gestada desde 2003, sob o nome de Projeto Socioambiental Serra Grande. O grupo comercializa seus produtos sob a marca Sabores da Caatinga.
As terras são do coordenador do projeto socioambiental Serra Grande, Álvaro Ferraz. A área é da família dele desde a época do império, e sofreu com períodos de seca e degradação. Em 2019, quando decidiu morar em definitivo no local, resolveu abrir as portas da fazenda, incentivar as mulheres da região a enxergar oportunidade através da caatinga e orientar os agricultores sobre como é possível viver em harmonia com a terra.
“Essa área foi antropizada, ela foi utilizada por um método de agricultura que queimava, que compactava o solo, que salinizava o solo”, afirmou o coordenador, que tem um viveiro com 26 mil mudas nativas da caatinga, entre frutíferas e cactos, para reflorestamento. […]
Para o trabalho do “recaatingamento”, como costumam chamar, é fundamental a presença da fauna. Álvaro conta que mais de 2 mil espécies nativas da caatinga já foram soltas na área da fazenda, pelo Ibama. E é essa prática, junto ao reflorestamento, que faz o bioma se recuperar.
G1 Pernambuco/ Rede Globo, dezembro de 2022
Saiba mais
- Sabores da Caatinga – Instagram
- “No Sertão pernambucano, agricultoras beneficiam frutos únicos da Caatinga” – reportagem de Rodolfo Rodrigo para o Brasil de Fato, 19/12/2022
- “Agroecologia e ‘recaatingamento’ transformam paisagem e vida de famílias no Sertão” – reportagem de Caroline Rangel para o G1 Pernambuco/ Rede Globo, 28/12/2022
Localização:
Telefone: