Projeto do Instituto Pró-Terra com apoio do BNDES visando o reflorestamento de 117 hectares em áreas de preservação permanente ciliares de trinta propriedades rurais do estado de São Paulo nos municípios de Jaú e Ibitinga e em uma unidade de conservação, a Área de Preservação Ambiental Estadual de Ibitinga.
Com a restauração, espera-se mitigar o risco de redução de disponibilidade de água para abastecimento público, irrigação de culturas agrícolas e geração de energia. Tem, ainda, a vantagem de minimizar a crescente perda de diversidade biológica no estado, evitando o desaparecimento de inúmeras espécies antes mesmo que sejam conhecidas pela ciência.
O projeto proporcionará, também, conexão ecológica entre vários fragmentos de floresta estacional semidecidual, entre eles, a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Amadeu Botelho e áreas recuperadas pelo Projeto de Recuperação de Matas Ciliares da Secretaria do Estado de São Paulo.
Entre as ações do projeto, cabe destacar o curso “Plantadores de Floresta: Capacitação em Áreas Degradadas e Socioambientalismo”, dedicado a ensinar não apenas a metodologia de restauro, mas também a apresentar uma contextualização geral sobre temas como educação ambiental, sustentabilidade, socioambientalismo, desenvolvimento rural, resgate cultural, entre outros.
É um esforço ecológico, sem dúvida, mas é um esforço social também. Porque queremos oferecer novas oportunidades de renda à comunidade, reintegrar pessoas.
Guilherme Moya, biólogo – publicação Iniciativas BNDES Mata Atlântica
Veja o exemplo da cana. A mecanização da cana-de-açúcar, plantio que cobre cerca de 90% da paisagem da região, desencadeou uma alta taxa de desemprego. Agora, a gente está criando uma nova identidade para esses cortadores de cana.
Eles são os plantadores de floresta, ou seja, eles têm um ofício e um sentimento de pertencimento ao ambiente. E isso é fundamental para que esse esforço de restauração não se perca no tempo.
Destaques do projeto, segundo o BNDES:
- Grande impacto ambiental de restabelecimento de processos ecológicos vitais em locais de extrema relevância para a conservação e recuperação ambiental do estado de São Paulo, com o beneficiamento direto de aproximadamente 220 mil habitantes dos três municípios.
- Recursos hídricos contemplados: córregos São Joaquim, João da Velha, São Pedro, Antunes, Pau d’Alho, o rio Jaú e o ribeirão dos Porcos.
- Área de abrangência do projeto engloba uma RPPN, mananciais de abastecimento público e de conectividade ecológica entre fragmentos florestais de Mata Atlântica e propriedades rurais classificadas como refúgios de vida silvestre.
- 20% da mão de obra empregada no plantio formada por integrantes das comunidades.
Saiba mais
- Projeto Cílios do Rio
- BNDES
- Case descrito na publicação Iniciativa BNDES Mata Atlântica, de 2015
Localização: