Áreas Prioritárias para Restauração da Caatinga

Projeto de pesquisa desenvolvido por pesquisadores das universidades federais do Rio Grande do Norte (UFRN) e do ABC (UFABC) e da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com o World Resources Institute Brasil (WRI). Ele buscou identificar áreas que, se restauradas, ajudem na recuperação de espécies de plantas atualmente ameaçadas de extinção e permitam que estas e outras espécies se adaptem às mudanças climáticas esperadas para o bioma.

Existem mais de 3 mil espécies de flora na Caatinga, sendo 702 endêmicas, ou seja, que ocorrem apenas no bioma. Dessas, 350 são consideradas ameaçadas de extinção e estão sob risco de desaparecer diante da destruição do bioma. […]

As áreas prioritárias para restauração estão bem distribuídas na paisagem da Caatinga, no entanto, áreas de alta prioridade tendem a ser mais comuns na região oeste, particularmente nos estados da Bahia e Piauí. Os pesquisadores reforçam que deve ser dada atenção especial à ecorregião da Chapada Diamantina, um centro de diversidade e endemismo. O estudo destaca ainda que apenas 8% das áreas prioritárias para restauração estão dentro de unidades de conservação. 

O Eco, março de 2022

“Para os animais e plantas enfrentarem as grandes mudanças de temperatura e de chuva que estão previstas para a Caatinga, eles necessitam poder se deslocar pela paisagem à procura de boas condições climáticas. E para haver este deslocamento, a paisagem tem que ser restaurada de tal forma que aumente a sua conectividade”, explica Carlos Roberto Fonseca, professor associado do Departamento de Ecologia da UFRN e coautor do estudo.

UFRN, março de 2022

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