Abelhas da Amazônia

Programa de fomento à produção de mel de abelhas nativas sem ferrão da Amazônia, desenvolvido pelo Instituto Peabiru desde 2007. Ela é uma das maiores iniciativas no gênero no país. Em 2024, estão sendo capacitados cerca de 120 produtores de 20 comunidades rurais do Pará e do Amapá.

Amigo das Abelhas da Amazônia

Projeto desenvolvido entre 2020 e 2023 para promover a cadeia de valor da meliponicultura junto a mais de 20 famílias de Boa Vista do Acará, em Acará/PA.

Néctar da Amazônia

Projeto desenvolvido entre 2014 e 2018, visando fortalecer a cadeia de valor do mel de abelhas sem ferrão. Ele envolveu mais de uma centena de produtores que administram 5 mil colmeias distribuídas em dezenas de comunidades indígenas no Oiapoque, quilombolas em Macapá, ambos no Amapá; e diferentes grupos ribeirinhos e de agricultores tradicionais no médio Amazonas (Almeirim e Monte Alegre), Grande Belém (Barcarena), Nordeste Paraense (Curuçá) e Marajó (Curralinho). 

Diferentemente das abelhas do gênero Apis, introduzidas no Brasil em 1838, animal exótico e perigoso (sua picada pode matar), as Meliponas não apresentam risco e, após milhões de anos de evolução, estão mais bem adaptadas ao meio. Das 600 espécies desse gênero no mundo, há 244 no Brasil, e 89 aguardam descrição científica. Na Amazônia há 114 espécies, número que pode crescer. E não há sequer inventário de espécies por estado que, para Vera Imperatriz-Fonseca, pesquisadora do Instituto Tecnológico Vale (ITVS) seria de grande relevância. As abelhas sem ferrão são conhecidas por uruçu, jataí, mandassaia etc. e representam imenso e pouco conhecido patrimônio brasileiro.

Artigo de João Meirelles Filho na revista Página 22, outubro de 2017

É atividade com forte componente de gênero, pois pode ser realizada por mulheres junto à casa, no quintal e garantir melhor posição da mulher nas decisões da família, controle da renda e segurança alimentar. Pode, ainda, propiciar novas formas de gerar renda local a jovens, evitando a migração.

Além do mel e de venda de colmeias como produtos imediatos, oferece um conjunto de serviços ambientais, com destaque para a polinização, com impacto direto na produção agrícola e florestal, inclusive de espécies de interesse comercial (açaí, cacau, cupuaçú e frutas etc.), bem como para a conservação e restauração de áreas degradadas. Novos produtos como o própolis e diferentes formas de apresentar o mel prometem movimentar o mercado em breve.

Instituto Peabiru, julho de 2018

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Localização:

Amapá, Amazonas e Pará