APA Baía Negra

Iniciado em 2021, o projeto Restauração Estratégica e Participativa no Pantanal: APA Baía Negra, da Ecoa, visa restaurar 58 hectares da Área de Proteção Ambiental ao longo de 32 meses. Deste total, 4 hectares foram degradados por atividades de mineração de saibro e 47 por invasão da leucena, leguminosa exótica que impede a sobrevivência de outras plantas.

Lideranças da comunidade devem passar por treinamento sobre técnicas de reflorestamento e atuar com a metodologia Ciência Cidadã através da utilização do aplicativo Sapelli, software de coleta de dados, que deve ser adaptado às atividades de restauração da área.  

Segundo o coordenador da iniciativa e Diretor Presidente da Ecoa, André Luiz Siqueira, “o uso do software é determinante para avaliar a condição das áreas de restauração, para monitorar o sucesso e desenvolvimento das plantas, o enriquecimento e o adensamento das áreas recuperadas, além de fortalecer as coletas de sementes e mudas”. 

Ecoa, setembro de 2021

Em janeiro de 2023 o programa iniciou nova etapa que inclui a implantação de sistemas agroflorestais na região pantaneira em parceria com a Associação de Mulheres Produtoras da APA e a Ecoa. Também foi feita uma distribuição de 4 mil mudas a moradores da unidade de conservação. Dentre as espécies doadas estão ipê-roxo/ piúva (Handroanthus impetiginosus), chico-magro (Guazuma ulmifolia), genipapo (Genipa americana), cerejeira (Amburana cearensis), aroeira (Astronium urundeuva) e tarumã (Vitex cymosa).

A Ecoa trabalha em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), a Fundação de Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural de Ladário e a Associação de Mulheres Produtoras da APA Baía Negra, além de outros colaboradores.

O projeto é financiado pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), por meio da agência Global Environmental Facility (GEF Terrestre), no âmbito do Projeto Estratégias de Conservação, Restauração e Manejo para a biodiversidade da Caatinga, Pampa e Pantanal, que é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e tem o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como agência implementadora e o Funbio como agência executora.