Entidade voltada para a valorização do sistema cabruca de produção agroflorestal do cacau. Ele desenvolve projetos na Bahia, no Pará e no Espírito Santo. Este modelo tem grande potencial para a produção de cacau, frutas, madeira certificada, sementes florestais, plantas ornamentais, fármacos, ecoturismo e água, além do estímulo ao sequestro de carbono.
Além de agradar ao paladar, esse cacau tem sabor ecológico. Há pelo menos 250 anos, o cacau do sul da Bahia é produzido sob a sombra da Mata Atlântica. O sistema, conhecido pelo nome cabruca, associa o plantio à conservação de árvores raras, como pau-brasil e jequitibá, assim como dos animais que transitam por esses corredores de florestas. Cabrucar – do verbo brocar – é um termo regional que significa abrir buracos na mata para plantar o cacau. A cabruca, segundo seus praticantes, preserva 13% das espécies de árvores de uma mata original. “Sem contar seu papel para a manutenção de outros importantes serviços ambientais, como a regulação do fluxo hídrico e a conservação de solo”, diz Durval Libânio, presidente do Instituto Cabruca. Cientistas do Jardim Botânico de Nova York registraram uma concentração recorde de biodiversidade na região: 476 diferentes espécies vegetais por hectare.
Blog do Planeta, maio de 2014
Saiba mais
- “A floresta de chocolate” – Aline Ribeiro para o Blog do Planeta/Revista Época – 4/5/2014
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