“Hoje os números não são animadores, mas refletem a dificuldade de fazer um monitoramento abrangente das áreas em restauração florestal no Brasil. Milhares de hectares em regeneração ainda estão fora do nosso radar”, diz o engenheiro-agrônomo Pedro Brancalion, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), membro do grupo de trabalho tecnocientífico do Pacto e um dos autores do guia metodológico Pacto pela restauração da Mata Atlântica: Referencial dos conceitos e ações de restauração florestal. Um levantamento da SOS Mata Atlântica e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgado em janeiro registrou uma área de 219 mil hectares de Mata Atlântica em recuperação, principalmente em estágio inicial ou em áreas antes ocupadas por pastagens, em nove dos 17 estados ocupados por esse tipo de vegetação, de 1985 a 2015. As conclusões resultam da análise de imagens do satélite Landsat 8 de remanescentes florestais com pelo menos 3 hectares. Se considerar também áreas menores, o total é maior. Com base nas imagens do Global Forest Watch, que acompanha a expansão ou retração das florestas no mundo com uma resolução espacial de 30 por 30 metros, os biólogos Renato Crouzeilles e Rafael Feltran Barbieri, pesquisadores do Instituto Internacional para Sustentabilidade (IIS), do Rio de Janeiro, concluíram que o total de áreas de regeneração natural e de plantios de 2000 a 2014 na Mata Atlântica é de 489.816 hectares.
Leia o artigo na íntegra: Pesquisa Fapesp, fevereiro/2017