O estudo em questão, Secondary forest fragments offer important carbon and biodiversity cobenefits (“Fragmentos de florestas secundárias oferecem importantes cobenefícios em carbono e biodiversidade”, em português), esclarece como a regeneração natural de pastagens abandonadas na Mata Atlântica, que resulta em fragmentos florestais secundários, oferece benefícios em captação de carbono e recuperação da biodiversidade. Os autores quantificaram que, três décadas após o abandono das terras, as florestas em regeneração haviam recuperado cerca de 20% (72 megagramas – ou toneladas – por hectare, Mg/ha) dos estoques de carbono acima do solo de uma floresta primária, enquanto as pastagens continham apenas 3% dos estoques em relação às florestas primárias. Os resultados também demonstraram que os remanescentes de florestas primárias continham a maior média de estoque de carbono, cerca de 370 Mg/ha, seguidos por florestas secundárias, com cerca de 27 Mg/ha, e depois por pastagens, com aproximadamente 12 Mg/ha. O estudo verificou ainda que a floresta secundária recuperou sua diversidade biológica em diversos aspectos: cerca de 76% da diversidade taxonômica, 84% da diversidade filogenética e 96% da diversidade funcional encontrada nas florestas primárias. Além disso, recuperou, em média, 65% das espécies ameaçadas e cerca de 30% da riqueza de espécies endêmicas da floresta primária.
Leia na íntegra: O Eco, artigo de Carolina Lisboa