Projeto Biomas no Cerrado

Iniciativa da Embrapa e da Confederação Nacional da Agricultura, com diversos outros parceiros, para identificar modelos de restauração de Cerrado em propriedades rurais para adequação às exigências do Código Florestal.

Diversos modelos foram testados em uma área experimental, a Fazenda Entre Rios, próxima a Brasília. Pelo menos 250 mil sementes de árvores e arbustos foram plantadas na propriedade.

“Na Fazenda Entre Rios, onde são conduzidos 17 experimentos de restauração, chama atenção uma área onde no passado havia pasto e agora está densamente coberta por uma gramínea nativa dourada, a arístida, também conhecida como capim-rabo-de-raposa. Sob aquele manto, escondem-se centenas de “filhotes” de árvores em crescimento – cinco plantas por metro quadrado, totalizando 30 espécies entre cagaita, tamboril e outras que brotaram após o plantio das sementes. O plano é preencher o solo na tentativa de vencer a voraz  braquiária cultivada para alimentar o gado. Solos mais pobres, como o daquela área, podem favorecer as espécies nativas na competição com a forasteira. “Só o tempo dirá se o sistema oferece resistência à invasão ou se teremos que conviver sempre com a luta”, afirma [Daniel] Vieira, [pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia].

Na área vizinha, o biólogo mostra os testes com a lobeira, árvore de fruto grande apreciado pelos lobos-guarás, boa no controle do capim daninho. Não longe, a estratégia é entremear árvores não nativas de interesse econômico, como eucalipto e seringueira, com fileiras de ipê-roxo, jatobás e outros representantes tipicamente do Cerrado. O propósito é fazer sombra para impedir o crescimento das plantas indesejáveis e gerar receita com a restauração de Reserva Legal, obrigatória para as propriedades.

Página 22, agosto/2016

Os experimentos apontam indicativos de que a semeadura direta manual ou mecanizada apresentou custo muito menor com praticamente os mesmos resultados que o plantio de mudas para a recuperação com biodiversidade.

“Os destaques foram o baru, a aroeira, o gonçalo-alves, a cagaita, a aroeira pimenta-rosa, os angicos e a gueroba, entre outras”, apontou Felipe Ribeiro, da Embrapa.

CNA, novembro de 2019

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Localização:

Planaltina/DF

Espécies com que trabalham:

baru, aroeira, gonçalo-alves, cagaita, aroeira-pimenta-rosa, angico, gueroba