A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura e uma dezena de parceiros da socidade civil, governo e empresas apresentaram hoje o Observatório da Restauração e Reflorestamento, uma plataforma online que mapeia as áreas restauradas, regeneradas ou reflorestadas em todos os biomas brasileiros. Seu principal objetivo é dar visibilidade, transparência e confiabilidade aos projetos em andamento nos diferentes biomas.
A sua base de dados será alimentada permanentemente a partir de informação de campo e imagens de satélite, obtidos de uma série de instituições, como governos estaduais e o Programa MapBiomas, iniciativa que mapeia a cobertura e uso da terra no país.
O Obervatório já mapeou 79,13 mil hectares de restauração, 10,99 milhões de hectares em regeneração natural e 9,35 milhões de hectares de reflorestamento.
Importante destacar a diferença entre esses três processos. Restauração envolve o plantio de florestas nativas ou sistemas agroflorestais, visando a recuperação dos serviços ambientais. Regeneração é o retorno espontâneo da vegetação em uma área previamente desmatada e posteriormente abandonada. O Observatório foca em áreas regeneradas a partir de 2008. Finalmente, o reflorestamento ou silvicultura é o plantio de grandes extensões florestais, geralmente em forma de monocultura, que pode ou não ter foco em espécies nativas.
No momento, o grosso dos dados de restauração está concentrado no bioma da Mata Atlântica, graças ao conhecimento acumulado pelo Pacto pela Restauração da Mata Atlântica e alguns governos estaduais, sobretudo Espírito Santo e São Paulo:
O Observatório foi construído ao longo dos últimos dois anos por uma força-tarefa da Coalizão liderada pelo WRI Brasil e o Imazon, com financiamento do governo alemão. Ele também teve o apoio do Pacto e da The Nature Conservancy (TNC)
A íntegra do lançamento e o debate que se seguiu podem ser vistos na íntegra aqui: