Artigo de Ludmila Pugliese, coordenadora do Pacto Mata Atlântica, publicado pela WRI Brasil.
Pesquisas recentes a partir de levantamentos de satélite mostram que parte significativa da área desmatada na Mata Atlântica está, aos poucos, naturalmente se regenerando, principalmente em áreas privadas. Muitas vezes, por conta de mudanças no fluxo populacional, migração para cidades, ou por questões econômicas ou operacionais, essas áreas são abandonadas ou deixadas sem produção, e aos poucos a floresta volta a repovoá-las. Em outras, o grau de degradação da área acaba comprometendo o uso eficiente da terra para fins agrícolas. […]
Infelizmente, esses mesmos estudos que identificaram grande regeneração na Mata Atlântica também descobriram um padrão preocupante. É comum que áreas em regeneração natural sejam novamente desmatadas em até 10 anos.